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Etanol vale mais a pena na região

Álcool encareceu na maioria dos postos, como a gasolina, mas continua vantajoso; Ribeirão tem combustível mais caro e, Mauá, mais barato

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
15/02/2015 | 07:15
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Denis Maciel/DGABC


O etanol ainda é o combustível que tem o melhor custo benefício para o motorista que abastece nos postos de bandeira do Grande ABC. Para encher o tanque, a cidade em que os revendedores cobram mais barato tanto pelo álcool como pela gasolina é Mauá. E, a mais cara, Ribeirão Pires.

Ao considerar o mesmo potencial calorífico da gasolina e do álcool hidratado, dentro de um município da região, o etanol estava até R$ 0,10 mais barato do que o derivado de petróleo. A menor vantagem encontrada nas sete cidades foi de R$ 0,05.

As informações constam nas pesquisas de preços realizadas pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). O levantamento é divulgado semanalmente, com registros de preços detalhados de postos de cada município do Grande ABC, com exceção a Rio Grande da Serra. Os dados são referentes à coleta entre os dias 1º e 7.

Na teoria, 700 mililitros de gasolina geram o mesmo potencial de um litro de álcool para o motor, no caso dos veículos flex. Portanto, para o motorista saber qual produto tem melhor custo benefício, basta multiplicar o preço do derivado de petróleo por 0,70. Se o resultado for superior ao do valor do biocombustível, é porque está mais caro.

Os moradores de São Caetano são os que encontram melhor custo benefício para abastecer o tanque do veículo com o etanol. Isso porque o litro do combustível está, em média, R$ 2,12, enquanto a gasolina, R$ 3,17. Pelo cálculo de equivalência de geração de energia, 700 mililitros do derivado de petróleo custam, em média, R$ 2,21.

Em Diadema, os motoristas também encontrarão a mesma vantagem de custo benefício entre os combustíveis, tendo em vista que o etanol custa, em média, R$ 2,07 e, a gasolina, R$ 3,10, o que gera, com o cálculo dos 700 mililitros, R$ 2,17.

EXTREMOS - Os moradores de Ribeirão Pires são os menos favorecidos com os preços dos combustíveis na bomba. Tanto antes quanto depois do reajuste dos preços, por causa da entressafra da cana-de-açúcar (alta de R$ 0,14 nas distribuidoras), como também pela majoração da carga tributária federal (que resultou no aumento de R$ 0,22 da gasolina), esses consumidores encontram os maiores preços médios da região. O etanol é vendido em torno de R$ 2,20 e, a gasolina, por R$ 3,21.

A solução, principalmente para aqueles que estudam e trabalham fora de Ribeirão Pires, é pesquisar em postos das demais cidades da região, como em Mauá, em que o álcool hidratado custa em média, nos postos de bandeira, R$ 2,05 e, o derivado fóssil, R$ 3,04. É o município com o menor preço médio no Grande ABC para ambos produtos.

AMOSTRA - Santo André, cidade com o maior número de postos de bandeira listados na pesquisa da ANP, 37 ao todo, apresentou o preço médio do etanol de R$ 2,08 e, da gasolina, R$ 3,09. A região, segundo estimativa do Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Grande ABC), possui 400 postos.

São Bernardo, com 23 estabelecimentos listados pela agência reguladora, apresenta preço médio de R$ 2,08 ao etanol e R$ 3,10 à gasolina.


Consumidor paga acima de estimativa dos revendedores no Grande ABC

Segundo o levantamento semanal da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o consumidor da região encontrou em pelo menos um posto o litro da gasolina com valor acima de R$ 3,30, após o reajuste da Petrobras de R$ 0,22 nas refinarias.

O limite foi estimado pelo presidente do Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Grande ABC), Wagner Souza, logo após o anúncio da Petrobras de que no dia 1º as refinarias repassariam o encarecimento de R$ 0,22 no litro da gasolina, devido ao aumento da carga tributária (PIS/Cofins).

Conforme relatório da ANP, dos 100 postos de bandeira pesquisados na região entre os dias 1º e 7, um em Diadema cobrava R$ 3,39 pelo produto.

No limite da estimativa do gestor do Regran estão mais sete revendedores. Dois em Santo André já cobram R$ 3,29 pelo combustível, além de outros dois em São Bernardo e três em São Caetano. 




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