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Por voo solo, PMDB de Sto.André tenta cooptar ex-vereador

Diretório, gerido por Bonome, trabalha para filiar Gilberto do Primavera e lançar nome à Prefeitura na sucessão de Carlos Grana

Por Caio dos Reis
Especial para o Diário
15/02/2015 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Por candidatura majoritária na eleição do 2016, o PMDB de Santo André mira cooptar o ex-vereador Gilberto Wachtler, o Gilberto do Primavera, hoje sem partido após deixar o PTB. Empresário do ramo mercadista, ele perdeu a concorrência pela reeleição em 2012, embora tenha obtido 3.436 votos, o 17º mais lembrado nas urnas. Agora tenta retornar ao cenário político. O diretório municipal da legenda, comandada por Nilson Bonome, trabalha para filiar o ex-petebista nos próximos dias ao cogitar lançá-lo na disputa ao Paço ou para compor no cargo de vice-prefeito.

O acordo está próximo de ser fechado. Gilberto admitiu que há convites para filiação partidária. Isso porque o PSD também sinalizou interesse, porém o projeto oferecido seria para busca de vaga na Câmara, posto ao qual o ex-petebista descartou a hipótese – ele atuou na legislatura 2008-2012. “Não estou disposto a sair para o cargo de vereador novamente”, indicou, citando que neste período pós-derrota não esteve ligado diretamente à política. Durante o mandato no Legislativo, ele e Bonome, então articulador do governo Aidan Ravin (PSB), tiveram forte aproximação.

A ligação tende a ser ponto importante nesta costura política. Atualmente, Bonome ocupa o cargo de secretário de Governo da gestão Paulo Pinheiro (PMDB), de São Caetano, e considera a possível entrada de Gilberto nas fileiras peemedebistas como “grande aquisição”, reforçando a proposta da legenda de voo solo local. “Ele é amigo pessoal e um grande nome (para o páreo do ano que vem), de muita importância para Santo André e que quer o bem da cidade. O Gilberto tem credencial e pode ser lançado de fato como candidato a prefeito”, avaliou o presidente municipal do PMDB.

No pleito de 2012, o PMDB lançou candidato próprio, quando Bonome encabeçou a chapa. O dirigente conseguiu 17,3 mil votos, ficando em quarto lugar na disputa, liderada pelo petista Carlos
Grana. A cúpula estadual da sigla sugere outra empreitada majoritária em 2016. Diante do cenário eleitoral em formação, o peemedebista não descarta compor a dobrada pelo Paço, deixando em aberto a possibilidade de Gilberto ser o nome a vice. “No momento, minha cabeça está na secretaria de São Caetano, mas também não posso dizer que não vou disputar”, afirmou.

DESFILIAÇÃO

Gilberto permaneceu por cinco anos no PTB, que emplacou bancada na Câmara com quatro parlamentares. Em 2012, sem apoio de Aidan, ele ficou como segundo suplente da coligação. Saiu do partido fazendo críticas ao então prefeito, do qual era correligionário. “O governo me decepcionou”, apontou, à época. 




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