Bancada paulista de parlamentares na Câmara Federal emplacou emenda de R$ 20 milhões para custear parte da transformação do Hospital São Caetano em unidade de retaguarda que atenda a população da região. A missão, dada pelos sete prefeitos que compõem o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, foi executada pelo deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT), que conseguiu convencer os “conterrâneos” – Helcio Silva (PT-Mauá), Vanderlei Siraque (PT-Santo André) e William Dib (PSDB-São Bernardo), Vicente Cândido (PT-SP), Cândido Vaccarezza (PT-SP) e Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) – a incluírem o recurso na peça orçamentária da União para este ano.

A verba poderá ser liberada pela presidente Dilma Rousseff (PT), entretanto, somente após a aprovação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e o OGU (Orçamento Geral da União) no Congresso Nacional. Na semana passada, o Orçamento Impositivo teve aval em Brasília, o primeiro passo para a efetivação das finanças pelo Palácio do Planalto. Por enquanto, o governo federal pode utilizar apenas o equivalente a 1/12 da arrecadação de 2014.

“Conseguimos convencer a bancada paulista a agendar a região por conta da importância econômica que temos para o Estado e o País. O relator do projeto ainda vai verificar as emendas, mas dificilmente teremos alteração. A verba está garantida para este ano”, relatou Vicentinho.

O montante poderá ser repassado diretamente à Prefeitura de São Caetano para custear a compra do hospital, calculado em R$ 40 milhões. O restante do recurso seria angariado pelos demais Executivos da região, por meio do Consórcio.

Antiga administradora do equipamento, a Sociedade Beneficente Hospitalar São Caetano deixou cerca de R$ 60 milhões em dívidas e o prédio do equipamento foi avaliado em R$ 12 milhões, ainda em 2011. No entanto, o prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), busca nova avaliação do imóvel ao alegar que o preço foi estipulado sem considerar um decreto que permite apenas atividades de Saúde no local.

A transformação em hospital de retaguarda passou pelo GT (Grupo de Trabalho) de Saúde do Consórcio. A intenção é utilizar parte da estrutura de seis andares e 152 leitos para acomodar pacientes assistidos, que demandam de estadias longas e retirá-los dos pronto-socorros, que precisam ter rotatividade maior para evitar filas e superlotação.

A entidade regional alcançou garantia dos governos do Estado e federal para arcar com os custos financeiros. O colegiado de prefeitos propõe que o Palácio dos Bandeirantes injete dinheiro com a reforma e equipamentos hospitalares e a União se comprometa com o custeio mensal.