A inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços no Mercado) ficou em 0,92% em janeiro, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). No mês anterior, a taxa havia registrado deflação de 0,01%.
Entre os índices que compõem o IGP-M, o IPA (Índice de Preços do Atacado) – com peso de 60% - subiu 1,10% em janeiro, ante –0,27% em dezembro. As maiores influências para a alta do IPA vieram de produtos como soja (-0,06% para 5%), óleos combustíveis (-7,92% para 8,38%), álcool etílico hidratado (4,58% para 7,24%), café (-2,70% para 10,02%) e cana-de-açúcar (1,58% para 4,52%).
Em compensação, houve queda nos preços das carnes bovinas (-0,90% para –4,10%), tomate (-0,08% para –38,83%), carnes suínas (0,28% para –8,97%), aves (-6,45% para –2,65%) e leite in natura (-2,64% para –2,51%).
Já o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), responsável por 30%, passou de 0,52% para 0,70%. O grupo educação, leitura e recreação teve alta de 2,41%, ante 0,57% de dezembro. O resultado foi influenciado principalmente pelo aumento nos valores das mensalidades escolares, cuja taxa saiu da estabilidade para uma alta de 3,43%.
Puxado pelo aumento nos preços do álcool combustível e da gasolina, o grupo transportes sofreu alta, passando de 0,50% para 1,20%. O álcool teve aumento de 8,85%, depois de ter registrado alta de 1,92%. A gasolina, pressionada pelo aumento no preço do álcool, saiu de uma taxa negativa de 0,06% em dezembro para 1,39%.
O INCC (Índice Nacional da Construção Civil) recuou de 0,38% para 0,24%.
Nos últimos 12 meses, o IGP-M acumula alta de 1,74%. O índice é referência para o mercado financeiro, medindo o comportamento dos preços para famílias do Rio e de São Paulo, com renda mensal de 1 a 33 salários mínimos.