Nacional Titulo
MST e Exército trabalham para construir salas do Fórum Social Mundial
Por
08/01/2005 | 16:29
Compartilhar notícia


Militantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) e soldados do Exército brasileiro trabalham juntos, desde a semana passada, na construção de oito das 203 salas que abrigarão as atividades dos 120 mil participantes do Fórum Social Mundial deste ano, em Porto Alegre.

O encontro de jovens militares e agricultores assentados ou que perambulam por acampamentos foi promovido pelo Ipep (Instituto de Permacultura e Ecovilas da Pampa). A ONG (organização não-governamental) é responsável pelos edifícios feitos com técnicas alternativas que serão usadas para palestras e encontros durante os seis dias do evento que discute alternativas ao neoliberalismo e à globalização, de 26 a 31 de janeiro.

Os pequenos auditórios, com capacidade para 50 e 100 pessoas, estão sendo construídos no parque da Harmonia, à beira do lago Guaíba, seguindo os princípios da ecoconstrução difundidos pelo Ipep. Soldados à paisana misturados aos sem-terra montam estruturas com troncos de eucaliptos, paredes com taquaras e fardos de palha de arroz e a cobertura de terra e grama sobre um plástico e uma lâmina de compensado. “São materiais disponíveis em diversas regiões do Brasil e que dão um desempenho térmico melhor do que o da construção tradicional às casas”, destaca o diretor da ONG João Rockett.

O Exército liberou oito soldados que se apresentaram como voluntários para aprender a técnica da construção de casas com toras de eucaliptos, palha de arroz, barro e cobertura de grama como conhecimento que levarão para suas vidas quando derem baixa da instituição, dentro do espírito do programa Soldado Cidadão. Mas um cabo e um sargento estão no parque adquirindo conhecimentos que poderão ser usados pelo instituição, para construções em campos de provas e missões de ajuda humanitária.

O objetivo do MST é semelhante. Os 20 militantes que participam da construção das salas no Fórum Social Mundial terão a tarefa de difundir o conhecimento nos acampamentos e assentamentos. “Temos interesse em técnicas que barateiem custos e não agridam a natureza”, justifica Miguel Stédile.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;