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Prisioneiros fazem greve de fome na prisão de Guantánamo
Por Da AFP
29/12/2005 | 20:00
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O Pentágono anunciou nesta quinta-feira que o centro de detenção da base naval americana de Guantánamo tem ainda 84 prisioneiros em greve de fome, sendo que 46 deles iniciaram o protesto em 25 de dezembro.

Em comunicado, as autoridades militares afirmam que as recorrentes greves de fome de prisioneiros em Guantánamo, iniciadas em agosto, aumentaram em setembro, quando foram registrados 131 casos.

Os aumentos "coincidiram com o aniversário dos atentados de 11 de setembro e com o anúncio da chegada à base dos advogados de defesa de alguns presos", acrescentam os militares.

"Essa técnica (de greve de fome) foi identificada como parte dos treinamentos da (rede fundamentalista islâmica de Osama bin Laden) Al-Qaeda e reflete a vontade dos prisioneiros de chamar a atenção da mídia e de pressionar o governo americano para que os liberte", segundo o comunicado.

No entanto, seus advogados asseguram que a medida só reflete o crescente desespero dos prisioneiros, que não vêem qualquer possibilidade de saírem dali.

Os Estados Unidos mantêm atualmente em Guantánamo cerca de 500 prisioneiros, detidos em meio à guerra contra o terrorismo iniciada em outubro de 2001 com a campanha militar no Afeganistão. Washington não formulou acusações contra a maior parte destes prisioneiros, o que vem provocando fortes críticas de organizações dos direitos humanos de todo o mundo.

Os prisioneiros que se mantêm em greve de fome por mais tempo são alimentados à força, de forma intravenosa ou com entubações, e são supervisionados com "excelentes cuidados médicos", asseguram as autoridades militares.



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