O movimento no espaço aéreo do Aeroporto de Congonhas e o nível de chuva não estavam num nível perigoso na hora do acidente com o avião da TAM, disse o coronel Carlos Minelli de Sá, chefe do Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo, durante entrevista coletiva convocada nesta quinta-feira.

O índice pluviométrico entre 17h e 18h era de 1 milímetro, o equivalente a um litro de água por metro quadrado de solo, e caiu para 0,6 milímetros das 18h às 19. O coronel afirmou que estes dados estão dentro do normal. E esclareceu que esta medida de 1 milímetro não equivale à espessura da lâmina d´água na pista.

Minelli afirmou que as freqüências de comunicação da torre de controle estavam operando normalmente, sem sofrer interferência de rádio, e que a equipe da torre era habilitada e tinha condições de ocupar e operar todos os postos. Revelou também algumas informações de diálogos entre pilotos e controladores que já haviam sido veiculadas pela imprensa.

Às 17h04, o piloto de um avião da Gol informou que a pista principal de Congonhas estava escorregadia. Três minutos depois, a torre suspendeu as operações de pouso e decolagem e solicitou que a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária) avaliasse as condições.

Às 17h20, a Infraero informou que a pista estava em condições de operação e era seguro retomar as atividades. Até o momento do acidente, às 18h50,  40 pousos e decolagens foram realizados na pista principal.

No dia seguinte ao acidente, uma aeronave-laboratório do Geiv (Grupo Especial de Inspeção ao Vôo) realizou um vôo de verificação dos equipamentos de navegação e comunicação e atestou que estava tudo normal.