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Lucas ganha notebook da família do goleiro Aranha
Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
18/07/2011 | 07:17
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A janela que permitirá que o estudante Lucas Guizzardi, 10 anos, veja o mundo enquanto estiver no hospital chegou nesta semana. O notebook prometido por Juliana Aquino, esposa do goleiro reserva do Santos Futebol Clube, Aranha, ajudará o menino de Ribeirão Pires a conversar com amigos e familiares durante os cerca de dois meses que passará internado após a realização do transplante de medula óssea que pode salvar sua vida. O garoto tem leucemia linfoide aguda.

Além do computador, Lucas ganhou um boné e uma camisa do Peixe autografada pelos jogadores. A mãe, a técnica em gesso hospitalar Rosimar Guizzardi, 36, prometeu enquadrar a camisa e colocar ao lado das fotos do dia em que o menino visitou o Centro de Treinamento do Santos, em junho, à convite do Diário.

"A família do Aranha se solidarizou com a história e foi muito legal com o Lucas. Agradecemos de verdade", disse Rosimar. E Lucas completou, com seu jeito tímido: "Gostei bastante do presente".

Juliana ficou comovida com a história e, por isso, resolveu realizar o desejo do menino. "Ele é um anjo especial que veio para cumprir a missão de espalhar a esperança e mostrar que jamais devemos parar de sonhar para, assim, realizarmos o que desejamos." 

QUIMIOTERAPIA
Apesar de ter encontrado um doador de medula óssea 100% compatível no dia 10 de junho, o transplante de Lucas será apenas em setembro. A equipe do médico Frederico Luiz Dulley, do Hospital das Clínicas, na Capital, realizará o procedimento apenas quando o tempo estiver mais quente, pois o risco de contrair infecções é menor.

O transplante deverá ser feito no Hospital São Camilo, também na Capital, onde há nove leitos específicos para esse tipo de transplante.

Com a data adiada, o garoto terá de passar por mais uma sessão de quimioterapia na quarta-feira, no Hospital Brasil, em Santo André. Lucas chegará por volta das 11h e às, 14h, deve receber a dose. Depois de uma hora em observação, é liberado para voltar para casa, mas tem que ficar 12 horas sem se mexer. "Ele fica abatido e perde os cabelos, mas aos poucos vai se recuperando", explicou Rosimar.

Na sexta-feira, cerca de 40 pessoas participaram de uma festa em homenagem ao menino, com direito a fogueira na rua, brincadeiras e comes e bebes. "Até história de terror a gente contou, foi legal", falou Lucas.

O encontro teve direito também a orações. Estavam presentes amigos da igreja evangélica que a família frequenta e voluntários que participaram das campanhas para cadastro de doadores no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea. "Todos torcem pelo Lucas. Tenho fé que tudo vai dar certo e estou mais tranquila para aguardar o transplante", garantiu a mãe.




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