Os três mísseis palestinos do tipo Qassam disparados da Faixa de Gaza caíram na cidade de Sderot e proximidades deixando duas pessoas em estado de choque, segundo a rádio pública israelense.
Os disparos foram reivindicados pelas Brigadas Ezzedin Al Qassam, braço-armado do Movimento de Resistência Islâmica palestino (Hamas), que fabrica os mísseis.
O último disparo de mísseis Qassam contra o território israelense aconteceu no dia 28 de outubro de 2002, quando um míssil caiu perto de Sderot, sem que fossem registrados vítimas ou danos materiais.
No domingo de madrugada, dois palestinos morreram e outros 16 foram feridos por disparos de soldados israelenses, durante duas incursões de veículos blindados na Faixa de Gaza para destruir equipamentos para fabricação de armamentos.
Durante a manhã, um civil desarmado foi morto por tiros, aparentemente por um colono nos arredores de Hebron (Cisjordânia), segundo testemunhas.
No final do dia, dois adolescentes morreram e um ficou ferido em Jan Yunes (Sul da Faixa de Gaza), quando um helicóptero de ataque israelense disparou mísseis contra um carro, segundo fontes dos serviços de segurança palestinos. As vítimas são Mohammad Kawaraa, 14 anos, e Abdelrahman al-Najar, 15.
Na Cisjordânia, homens da infantaria israelense entraram em Jenin, apoiados por 40 veículos blindados e dois helicópteros de assalto, e impuseram toque de recolher para realizar inspeções. Foram registrados tiroteios que não deixaram feridos.
No sábado, o Exército realizou registros similares em Jenin e no acampamento de refugiados vizinho. No Sul da Faixa de Gaza, duas unidades blindadas cobertas por helicópteros de assalto atuaram durante a noite de sábado em Khan Yunes e em Al Qarara.
As forças israelenses atiraram contra sete oficinas em Khan Yunes e destruíram parcialmente outras 20. Mais sete estabelecimentos foram danificados por um míssil disparado por um helicóptero.
O Exército confirmou essas operações em um comunicado e afirmou que em Khan Yunes destruiu "sete casas onde havia equipamentos metalúrgicos com os quais se produzia armamentos".
Esse texto afirma que os disparos não deixaram feridos nas fileiras israelenses, mas "vários palestinos foram atingidos". O negociador palestino Saeb Erakat reagiu energicamente a estas operações militares, acusando o primeiro-ministro israelense Ariel Sharon de realizá-las para desviar a opinião pública dos escândalos que o atingem tão próximo das eleições legislativas do próximo dia 28.
"Essas operações são uma tentativa do governo israelense de desviar a atenção das acusações de corrupção e de influenciar a campanha eleitoral realizando mais massacres, destruição e terrorismo de Estado nos territórios autônomos", afirmou Erakat.
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