Os funcionários norte-americanos querem intensificar as ações secretas para deter os esforços do Irã em obter armas nucleares, "em um reconhecimento tácito de que as iniciativas diplomáticas com os aliados europeus e asiáticos fracassaram na tentativa de reduzir os programas", revela o periódico.

"Agora, a Coréia do Norte provavelmente tem plutônio suficiente para produzir armas e para testar uma arma no futuro, apesar do reforço das sanções e de várias rodadas de conversações que tentam reduzir os esforços do país", afirma o NYT.

A informação corresponde a um novo relatório confidencial da inteligência, descrito ao jornal por pessoas que tiveram acesso ao mesmo, que "parece ter sido elaborado de maneira muito mais cuidadosa que o relatório de inteligência que descreveu erroneamente os programas de armas do Iraque".

Segundo o especialista em não-proliferação Gary Samore, acredita-se que a Coréia do Norte "reprocessou por completo" todo seu plutônio. "Tiveram uma grande oportunidade quando estávamos invadindo o Iraque e, parece, que a aproveitaram ao máximo", declarou Samore ao jornal.

Além disso, os programas iraniano e norte-coreano são cada vez mais auto-suficientes graças à ajuda que receberam dos cientistas paquistaneses. O idealizador do programa nuclear do Paquistão, Abdul Qadeer Khan, confessou em fevereiro que vendeu tecnologia nuclear para Coréia do Norte, Irã e Líbia.