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São Bernardo esconde processo de compra de uniformes

Ata de registro de preços do ano passado já expirou e até o momento nada foi divulgado

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
08/02/2015 | 07:05
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A Prefeitura de São Bernardo, chefiada por Luiz Marinho (PT), omite publicação da ata de registro de preços para a compra de uniformes escolares para o atual exercício. As aulas da rede municipal já foram iniciadas neste ano e até o momento não se sabe qual processo de compra será feito pela administração, qual empresa será a fornecedora e nem os valores a serem depositados.

A conduta de omissão levantou dúvida na bancada de oposição no município. Um dos líderes do bloco, Julinho Fuzari (PPS) vai impetrar ação no MP (Ministério Público) para obter esclarecimentos do Paço. “O caminho judicial parece a única alternativa para se ter acesso aos números do governo. Encaminhei há alguns meses ofício ao Executivo para somente ter ciência e fui ignorado”, reivindicou.

O popular-socialista relembrou série de irregularidades envolvendo compra anterior de uniformes por parte da Secretaria de Educação, destacando a postura da titular Cleuza Repulho, apontada pelo MP como integrante de grupo que superfaturou licitações para compra de tênis e mochilas em 2010 e 2011. Segundo a Promotoria, aproximadamente R$ 4 milhões foram desviados com licitações dirigidas.

Outro episódio mencionado por Julinho refere-se aos uniformes escolares distribuídos pela Prefeitura à rede de ensino que foram produzidos na China. Para disfarçar a origem da fabricação, a empresa Capricórnio S/A, vencedora da polêmica licitação para fornecer as vestimentas, recortou as etiquetas originais das roupas – com indicação de produção chinesa – e costurou outra, sobreposta. “Meu dever como vereador é fiscalizar atos do Executivo e no caso da Educação está mais que claro a falta de transparência em praticamente tudo”, alegou.

O oposicionista voltou a pedir a saída de Cleuza da administração petista. “Recentemente, tivemos o episódio do corte de merenda nas escolas. Seu histórico é muito ruim e necessita de fiscalização constante”, frisou.

Procurada, a Prefeitura não respondeu aos questionamentos relacionados ao assunto. Nem mesmo informou se há processo de compras de uniformes.




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