Os apartamentos novos prontos e usados valorizaram menos do que a inflação em janeiro na região. Em Santo André, a alta média dos preços do mês passado, na comparação mensal, foi de 0,17%. Em São Bernardo, 0,43%. Em São Caetano, 0,45%. As informações são do Índice FipeZap, da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) em parceria com o portal ZapImóveis.
“É uma desvalorização real. Quando um preço de uma determinada coisa sobe menos do que a inflação, temos uma queda real”, disse o coordenador da pesquisa, o economista Eduardo Zylberstayn. Esse resultado, segundo o especialista, está de acordo com o momento do ciclo econômico. “Não só no Grande ABC, mas em todo o País, estamos em uma fase de deterioração do ambiente econômico e isso está se traduzindo também no mercado imobiliário.”
No mesmo período, o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor), que mede a inflação da Capital, teve alta de 1,62%. Este indicador é o que mais se aproxima à realidade do Grande ABC, devido às semelhanças de estrutura econômica, geográfica e demográfica, sem contar com a proximidade.
Em dezembro, os três municípios tinham registrado altas, mas apenas São Bernardo teve aceleração em janeiro, tendo em vista que no último mês de 2014, os imóveis prontos tiveram encarecimento médio de 0,35% nessa cidade. Santo André, por sua vez, apresentou alta média nos preços de 0,22% em dezembro. São Caetano teve aumento de 0,77%.
No período acumulado de 12 meses encerrados no fim de janeiro, Santo André teve valorização imobiliária de 6,92%. Em São Bernardo, os apartamentos ficaram 7,52% mais caros, e em São Caetano, 6%. “O correto é dizer que os imóveis não continuam valorizando (tendo em vista que os acumulados em 12 meses estão próximos à taxa inflacionária), mas sim que estão apenas acompanhando a inflação. Estão perdendo valor real”, avaliou Zylberstayn.
PREÇOS
Segundo o Índice FipeZap, a valorização de São Caetano deixou o preço médio do metro quadrado no município, dos apartamentos novos e usados, por R$ 5.348. Isso fez com que a cidade ficasse em 7º lugar da metragem mais cara entre vinte cidades pesquisadas, espalhadas pelo País. A primeira colocação é do Rio de Janeiro, onde o metro quadrado custava em janeiro R$ 10.617. Em segundo figura São Paulo, com R$ 8.446, e em terceiro, Brasília, com R$ 8.314.
Santo André é o segundo município do Grande ABC, dos três listados, a aparecer no ranking de preços, com a metragem custando R$ 4.849, na 14ª posição. São Bernardo, com R$ 4.592, estava em 16º.