Política Titulo Diadema
Descontente, Lauro
cogita tirar PR da
Pasta de Transportes

Prefeito de Diadema relata quebra de confiança
com divisão da sigla na eleição no Legislativo

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
31/01/2015 | 07:00
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André Henriques/DGABC


A aliança do PR com o governo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), pode estar com os dias contatos. Comenta-se nos corredores do Paço que o chefe do Executivo detectou fragilidade e desarticulação entre lideranças da legenda, podendo até tirar do PR o comando da Secretaria de Transportes, hoje chefiada por José Carlos Gonçalves, presidente municipal republicanos.

Além do problema de relacionamento, a queda de José Carlos pode ser oportuna a Lauro, que procura espaço em sua administração para alocar a ex-deputada estadual Regina Gonçalves (PV), que reluta em aceitar o comando da Secretaria de Assistência Social e Cidadania, oferecida pelo prefeito. O desfecho deve ocorrer na semana que vem.

Nos bastidores políticos do município circula informação que o chefe do Executivo já estuda formas de alçar outros aliados ao patamar conquistado pelo PR. A pessoas mais próximas, Lauro confidenciou abalo de confiança em projetos mais sólidos.

Os republicanos estão abaixo somente do PSDB na contemplação de cargos do primeiro escalão, já que a coordenação dos Transportes é um dos setores mais cobiçados do Executivo. O tucanato está à frente das Pastas de Saúde, com o ex-prefeito José Augusto da Silva Ramos, e de Finanças, de responsabilidade de Francisco José Rocha, que também é sogro do prefeito.

ABALO
O elo entre o verde e a legenda ficou estremecido em dezembro durante os dias que antecederam a eleição para presidência da Câmara. A sigla, que tem quatro vereadores – José Zito da Silva, o Zezito, Reinaldo Meira, Talabi Fahel e Luiz Paulo Salgado –, se dividiu e quase provocou vitória da oposição, que concorria primeiramente com Célio Boi (PSB) e depois com Cida Ferreira (PMDB), contra José Dourado (PSDB), candidato escolhido diretamente por Lauro.

Na ocasião, Reinaldo Meira e Luiz Paulo migraram para o lado oposicionista, ajudando a angariar votos para a derrota do governo. A situação foi dramática e só revertida horas antes do pleito, com interferência direta de José Carlos.

Dias atrás, a sigla se reuniu com Lauro para firmar posicionamento deste ano. O encontro, porém, foi tenso e novo expôs a desarticulação republicana, já que Tabali não compareceu e os demais vereadores não teriam gostado de terem sido cobrados por maior comprometimento com o governo.




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