Prefeito de Diadema relata quebra de confiança
com divisão da sigla na eleição no Legislativo
A aliança do PR com o governo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), pode estar com os dias contatos. Comenta-se nos corredores do Paço que o chefe do Executivo detectou fragilidade e desarticulação entre lideranças da legenda, podendo até tirar do PR o comando da Secretaria de Transportes, hoje chefiada por José Carlos Gonçalves, presidente municipal republicanos.
Além do problema de relacionamento, a queda de José Carlos pode ser oportuna a Lauro, que procura espaço em sua administração para alocar a ex-deputada estadual Regina Gonçalves (PV), que reluta em aceitar o comando da Secretaria de Assistência Social e Cidadania, oferecida pelo prefeito. O desfecho deve ocorrer na semana que vem.
Nos bastidores políticos do município circula informação que o chefe do Executivo já estuda formas de alçar outros aliados ao patamar conquistado pelo PR. A pessoas mais próximas, Lauro confidenciou abalo de confiança em projetos mais sólidos.
Os republicanos estão abaixo somente do PSDB na contemplação de cargos do primeiro escalão, já que a coordenação dos Transportes é um dos setores mais cobiçados do Executivo. O tucanato está à frente das Pastas de Saúde, com o ex-prefeito José Augusto da Silva Ramos, e de Finanças, de responsabilidade de Francisco José Rocha, que também é sogro do prefeito.
ABALO
O elo entre o verde e a legenda ficou estremecido em dezembro durante os dias que antecederam a eleição para presidência da Câmara. A sigla, que tem quatro vereadores – José Zito da Silva, o Zezito, Reinaldo Meira, Talabi Fahel e Luiz Paulo Salgado –, se dividiu e quase provocou vitória da oposição, que concorria primeiramente com Célio Boi (PSB) e depois com Cida Ferreira (PMDB), contra José Dourado (PSDB), candidato escolhido diretamente por Lauro.
Na ocasião, Reinaldo Meira e Luiz Paulo migraram para o lado oposicionista, ajudando a angariar votos para a derrota do governo. A situação foi dramática e só revertida horas antes do pleito, com interferência direta de José Carlos.
Dias atrás, a sigla se reuniu com Lauro para firmar posicionamento deste ano. O encontro, porém, foi tenso e novo expôs a desarticulação republicana, já que Tabali não compareceu e os demais vereadores não teriam gostado de terem sido cobrados por maior comprometimento com o governo.
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