O espetáculo, orçado em R$ 1 milhão, é baseado na Declaração Universal dos Direitos da Criança, aprovada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1959. “A proposta é a criança conhecer seus direitos não de uma maneira formal, mas de um jeito lúdico. Também é interessante o fato de a peça poder virar tema de discussão em sala de aula ou com os pais, poder ultrapassar o palco, o entretenimento”, diz Gabriela.
No início do espetáculo a atriz surge como uma espectadora de uma cerimônia na qual se lêem os direitos. “Mas a personagem acha aquilo muito chato e contesta”, afirma a atriz. Transformada em Gabriela Lee e acompanhada pelo amigo Paulo (Tay Lopez), começa uma viagem por países hipotéticos, nos quais os direitos são apresentados na forma de fábula. “São metáforas colocadas com clareza”, diz. Assim, portanto, não se cai no didatismo reivindicatório.
“Há nesses países imaginários diversos problemas. Na Numberlândia, por exemplo, todas as pessoas são números. O nº 1 é o imperador”, afirma o diretor. A mensagem: “Os números são pura burocracia, os nomes é que são importantes”.
Há situações de discriminação contornadas pelos protagonistas – um dos temas é a deficiência física. “A cena em que aparece um marechal é uma alegoria da guerra com conteúdo crítico”, diz Gabrieli. As letras das canções trabalham os direitos, “mas poeticamente, senão o espetáculo fica muito duro”. A cenografia é feita de painéis que se transformam conforme o país – Numberlândia é representada por códigos de barra. “A cenografia não é decorativa”, afirma.
Os Direitos da Criança – Teatro infantil. Dramaturgia e direção de Osvaldo Gabrieli. Supervisão de texto de Ana Maria Machado. Músicas de Toquinho e Elifas Andreato. Com Gabriela Duarte, Tay Lopez, André Collazzi, Simone Faro. Sábados e domingos, às 16h. No Tuca – r. Monte Alegre, 1.024, São Paulo. Tel.: 3123-1756. Ingr.: R$ 20 e R$ 30. Até 4 de julho.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.