Esta tese está na coletânea de 14 artigos do livro Cultura Infantil – A Construção Corporativa da Infância (Record), organizados e editados por Shirley Steinberg e Joe Kincheloe, um deles dedicado à história do programa Vila Sésamo. Tratam da realidade norte-americana, porém, os ensaios cabem no caso brasileiro, pois exemplos como Power Rangers, Ronald McDonald e A Bela e a Fera fazem parte do dia a dia das crianças brasileiras.
É fato que uma ferramenta eficiente de domínio é a cultura. Entre a Segunda Guerra e a Guerra Fria, o governo dos Estados Unidos usava empresas de entretenimento como intermediárias. Hoje, adultos e crianças vivem sob padrões ditados pela indústria cultural a partir das grandes corporações.
Não dá para subestimar o papel de Disney e Cartoon Network sobre as crianças nem impedir o consumo cultural. Mas os pais poderiam entender esse bombardeio e acompanhar os filhos, ficar próximo deles e desfazer, aos poucos, os mecanismos de sedução das grandes corporações.
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