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Cantora Celly Campello morre em Campinas
Nelson Albuquerque
Do Diário do Grande ABC
Com Agências
04/03/2003 | 19:01
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A cantora Celly Campelo morreu nesta terça-feira, aos 60 anos, em Campinas (SP), por volta das 13h. Paulistana, fez sucesso com músicas como Estúpido Cupido e Banho de Lua. A artista estava internada desde 20 de fevereiro no Hospital Samaritano devido a um câncer. O enterro está marcado para as 10h desta quarta, no cemitério Flamboyant, na mesma cidade.

Considerada a primeira estrela do rock nacional, Celly teve uma ascensão meteórica. Estudou violão, piano e balé e, logo aos 12 anos, já tinha seu próprio programa na Rádio Cacique.

Três anos depois gravou o primeiro disco, cantando a música Handsome Boy (de Mário Genari Filho e Celeste Novais) – do outro lado do álbum, havia Forgive Me, dos mesmos compositores e interpretada por seu irmão Tony Campelo.

Das canções que gravou em seus oito discos, destacam-se Lacinhos Cor-de-rosa (Michie Grant), Estúpido Cupido (Neil Sedaka e H. Greenfield), Banho de Lua (P. de Fillipi e F. Migliacci) e Túnel do Amor (Patty Fischer e Bob Roberts), todas transformadas em versões em português por Fred Jorge.

Uma particularidade sua era que usava os mesmos vestidos, costurados por sua mãe, tanto nos shows quanto para ir ao cinema.

Estreou na televisão em 1958, no comando do programa Campeões do Disco, da TV Tupi. No ano seguinte, transferiu-se para a Record. No cinema, participou de dois filmes com o comediante Amácio Mazzaropi: Jeca Tatu (1959), dirigido por Milton Amaral, e Zé do Periquito (1962), de Mazzaropi e Ismar Porto.

Sua carreira artística foi interrompida quando casou, em 1962, com o contador da Petrobras Eduardo Gomes Chacon. “Minha vida sempre foi para a família. Nunca quis fazer outra coisa”, disse Celly na ocasião. Ela teve um casal de filhos.

A cantora voltou a se apresentar somente dez anos depois, ao participar do Festival de Música Popular de Juiz de Fora, em Minas. Em 1976, seu sucesso Estúpido Cupido serviu de tema para a Rede Globo colocar no ar a novela homônima. O programa fez seus discos serem relançados e choveram convites para que ela voltasse definitivamente à ativa, o que não ocorreu de fato.

Nos últimos anos, esteve raramente nos palcos. Fez poucos shows, principalmente no interior de São Paulo.




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