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Gestão Grana deve sofrer nova derrota nas comissões

G-12 garante estar articulado para comandar principais grupos na Câmara; Paço quer diálogo

Por Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
28/01/2015 | 07:00
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O governo do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), deve sofrer nova derrota na Câmara logo na primeira sessão legislativa. Após a perda no processo de eleição da presidência, as principais comissões permanentes da Casa estão próximas de ficar, a partir de fevereiro, sob poder da bancada independente, autodenominada de G-12. A cúpula da administração petista tenta articulação para compor de “maneira proporcional” com o grupo, porém já há escolha da formação das prioritárias. Entre as sete possibilidades, o Paço deve indicar apenas dois nomes para postos de menor destaque.

A composição política foi acertada, concomitantemente, ao pleito da mesa diretora e com duração de dois anos. A Comissão de Justiça e Redação tende a ser presidida pelo PTB. A de Finanças e Orçamento entrará na cota do Solidariedade – ambos partidos são os que têm maior representatividade da Câmara na lista de oposição e encabeçariam os blocos de grande influência na tramitação dos projetos. Com esse cenário, os setores podem provocar aumento da queda de braço entre Executivo e a ala contrária à gestão. Ao PT deve ser oferecido o comando de Educação e Cultura, evidenciando clima desfavorável.

Componente do G-12, o vereador Ailton Lima (SD) sinalizou que os governistas encontrarão dificuldades para emplacar aliados ao avaliar como “improvável” abertura para o Paço. Segundo ele, os parlamentares do bloco independente que não foram contemplados com espaço na mesa aguardam posto nas comissões. “Acredito que é muito difícil qualquer rompimento. Tudo isso foi acordado, por isso considero bem complicado alguém abrir mão (de liderar setor) e alterar esse panorama já fechado por consenso. A presidência foi a primeira parte do processo.”
“A abertura já foi feita, e de forma democrática pelo grupo. O espaço (ao governo) ficará de acordo com o nosso interesse. Não vamos aceitar palpite”, disse Roberto Rautenberg (PTB), também do G-12.

O secretário de Governo, Arlindo José de Lima (PT), tentou contemporizar clima contrário. “Estamos de coração aberto para o diálogo. Iniciaremos agora a conversa visando distribuição democrática, boa composição”, declarou o petista, que ontem se reuniu com o líder do governo na Casa, José de Araújo (PMDB), para debater o tema. 




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