Os níveis de pobreza extrema na Colômbia, Equador, Paraguai e Venezuela eram, no ano de 2000, mais altos do que em 1990, enfatizou o relatório, apresentado à assembléia anual do BID.
Citando dados recopilados pela Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), das Nações Unidas, o banco assinalou que o Chile e o Panamá obtiveram os maiores avanços, já que, no mesmo ano de 2000, cumpriram com a meta, reduzindo pela metade seus índices de pobreza extrema.
O Brasil e a República Dominicana obtiveram 95% de progressos quanto a esse objetivo, e o Uruguai 82%, indicou o informe. Costa Rica, El Salvador, Guatemala, México e Nicarágua tiveram um progresso próximo aos 40%, segundo o banco. Em compensação, a Bolívia e o Peru fizeram progressos, mas a um ritmo que não permitirá alcançar a meta até 2015.
Segundo os cálculos da Cepal, para reduzir a pobreza extrema pela metade até 2015, o produto interno deve crescer a uma média de 5,7% anual durante 15 anos nos países de maior pobreza, 2,7% nos de nível médio e 2,5% nos de menor pobreza.
A pobreza extrema se refere às pessoas que vivem com uma renda máxima de um dólar por dia, e a pobreza no geral atinge quem vive com dois dólares diários ou menos. As possibilidades de cumprir a meta de reduzir à metade esta última categoria para o ano 2015 são praticamente nulas para alguns dos países mais pobres da região porque exigiria índices de crescimento notadamente superiores a seu desempenho histórico, enfatiza o BID.
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