A coalizão no Iraque, dirigida pelos Estados Unidos, jurou nesta quarta-feira "destruir" o Exército de Mehdi, milícia do chefe xiita radical Moqtada Sadr, ao qual enfrenta há três dias em várias cidades do país. "Vamos atacar o Exército de Mehdi para destruí-lo", anunciou o general americano Mark Kimmitt, chefe adjunto das operações militares da coalizão, em entrevista à imprensa em Bagdá.

Até agora, os três dias de enfrentamentos já causaram a morte de mais de 30 soldados da coalizão e 160 iraquianos, segundo informações do Pentágono. Nesta quarta, mais oito iraquianos morreram e 12 foram feridos na região de Kirkuk (norte), em confrontos entre soldados americanos e manifestantes que protestavam contra a intervenção militar em Fallujah (a oeste de Bagdá), segundo a polícia e os médicos.

Um grupo de veículos blindados dos fuzileiros americanos chegou justamente nesta manhã ao centro de Fallujah, enquanto prosseguem os fortes combates com a guerrilha local. Na terça à noite, pelo menos 30 iraquianos morreram e 25 ficaram feridos na cidade rebelde.

De acordo com fontes hospitalares, 30 iraquianos morreram nos bairros de Julan e Dhubat quando as tropas americanas dispararam com os canhões de seus tanques contra esse setor. Os habitantes afirmaram que aviões também participaram no bombardeio.

Durante o dia, violentos choques tinham ocorrido entre soldados americanos e a guerrilha nesses dois bairros da cidade rebelde sunita. Segundo os habitantes, na terça-feira à tarde, a coalizão teve de retirar-se de uma de suas posições nesta área, depois de ser alvo de um intenso tiroteio.

Mais baixas - Em Ramadi, mais ao oeste, 12 fuzileiros navais americanos foram mortos na terça-feira e cerca de 20 ficaram feridos quando 60 ou 70 homens armados de lança-granadas e armas automáticas atacaram sua posição no palácio do governador, segundo uma fonte do Pentágono.

Já em Nasiriyah (sul), 15 iraquianos, três dos quais membros do Exército do Mehdi, foram mortos na terça em choques entre a milícia do chefe radical xiita Moqtada Sadr e as forças da coalizão. Um informe anterior dava conta de pelo menos dez mortos e 37 feridos iraquianos.

Outros 12 militares italianos foram feridos na terça-feira durante tiroteios com os milicianos, quando faziam uma operação para recuperar o controle de várias pontes. Depois dos choques da véspera, que continuaram até a noite, a cidade ficou em calma e nenhum disparo foi escutado no centro, segundo um repórter da AFP no setor.