Uma manhã dourada para o esporte brasileiro. A seleção masculina de vôlei mostrou, mais uma vez, porque é a melhor do mundo. A vitória por 3 sets a 0 sobre o time da Polônia, na final do campeonato Mundial, neste domingo pela manhã, reforçou a hegemonia brasileira. O segundo título mundial consecutivo soma-se, agora, a outros 16 garantidos sob o comando do técnico Bernardinho. Uma liderança vitoriosa, que tem como símbolos o conjunto, a garra, a força do olhar. O Brasil joga com paixão e absoluta competência. No pódio, lá estavam eles, de novo, entoando o hino nacional com a medalha de ouro no peito.
O começo do jogo foi arrasador. Com menos de cinco minutos de partida, o Brasil já comemorava seis pontos de vantagem no placar, numa combinação perfeita entre saque e bloqueio. Após uma vitória contagiante sobre a seleção da Sérvia e Montenegro, pela semi-final do campeonato, o Brasil teve maturidade para manter a seriedade.
O nervosismo da final sobrou apenas para o adversário, que não encontrou seu jogo até o final do primeiro set, fechado em 25 a 12. A jovem equipe polonesa cometeu erros em todos os fundamentos e mesmo as raras chances de contra-ataque não foram aproveitadas. Já o Brasil usou todas suas armas. André Nascimento, mais uma vez, garantiu a eficiência do ataque ao lado de Giba, eleito o melhor do Mundial.
No segundo set, a seleção da Polônia ameaçou assustar e ficou à frente do placar até o 22º ponto, quando o Brasil voltou a assumir o controle, fechando em 25 a 22. A perda do líbero Gacek, que saiu com uma contusão no tornozelo esquerdo ainda no final do primeiro set, parecia ter sido superada. Mas só parecia. O atacante Bakiewicz se esforçou, mas não conseguiu manter o padrão polonês na defesa e no passe. O resultado seguinte foi mais um set dominado pelo Brasil, que ofereceu à torcida uma apresentação de gala.
Afinado – Os jogadores do banco, ao contrário do que se viu durante todo o campeonato, não precisaram ser acionados por Bernardinho, que confiou a partida a seus titulares. Nem mesmo a tradicional inversão, feita com Marcelinho e Anderson, foi armada. O placar indicava o motivo: 25 a 17. Com o jogo finalizado e o bicampeonato assegurado, o clima de festa invadiu a quadra e o tradicional “peixinho” da vitória levantou a arquibancada verde-e-amarela no Japão.
A superioridade indiscutível da seleção masculina já dura seis anos. Na Era Bernardinho, o time disputou 22 campeonatos e subiu ao pódio em todos eles. Na hora da comemoração, o líder esqueceu os discursos da coletividade e agradeceu a mulher, Fernanda Venturini. “Ela merecia esse título Mundial muito mais do que eu. Foi a responsável por transformar o vôlei feminino no Brasil”, afirmou.
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