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Domingo tem peças para todos os gostos na região
Por Nelson Albuquerque
Do Diário do Grande ABC
08/05/2004 | 18:55
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  Pelo menos quatro peças de grupos teatrais da região estão em cartaz neste domingo. Os alunos da ELT (Escola Livre de Teatro) de Santo André encenam Do Chão Não Passa, em sua cidade sede. Em São Caetano, as opções são A Falecida, com o Grite (Grupo Imes de Teatro Experimental), e Mulheres de Fases, Homem de Lua, com a Turma 30 de Teatro. Mauá conta com a montagem Auto da Alma, de Gil Vicente, feita pelo Núcleo das Artes.

A humilhação é o tema de Do Chão Não Passa. No palco, 19 atores do Núcleo de Formação do Ator da ELT interpretam diversos personagens e várias cenas que se interligam. A direção é assinada por Georgette Fadel, Gustavo Kurlat, Juliana Monteiro e Vadim Nikitin. Entre os personagens estão a babá de um bebê que não pára de chorar, e a funcionária de um disque-sexo e seu marido, além de tipos como a fofoqueira e o bêbado.

Do Chão Não Passa fica em cartaz até o dia 30 deste mês, no Teatro Conchita de Moraes (praça Rui Barbosa, 12, Santo André. Tel.: 4996-2164). Neste domingo, a encenação começa às 20h30, com entrada franca.

Em Mauá, o espetáculo O Auto da Alma tem atraído cerca de 30 espectadores a cada sessão. A ação se desenrola em três espaços diferentes do sobrado, onde fica a Casa de Cultura e Artes do Instituto Henfil (r. Porto Feliz, 323. Ingr.: R$ 4); por isso, as apresentações, iniciadas às 20h, não comportam muitas pessoas de uma vez.

A trama tem texto original de Gil Vicente e fala sobre as agruras da Alma, que em sua trajetória vacila entre permanecer no bem, simbolizado pelos anjos e a igreja, ou ceder às tentações do mal, no caso personificado pelos dois diabos do texto original.

Cerca de 15 pessoas integram o elenco, algumas oriundas da favela do Jardim Ipê, em Mauá. “Ninguém consegue distinguir quem é da comunidade e quem não é”, afirma o diretor Ronaldo Moraes. O grupo se empenhou: o texto é difícil, mas a mensagem se faz compreendida. A peça fica em cartaz até o fim do mês.

Um dos mais conhecidos textos de Nelson Rodrigues, A Falecida ganha roupagem do Grite, sob direção de Kleber di Lázzare. O público recebe é dividido em duas torcidas e, cada uma, recebe coletes de cores diferentes. Motivo: a história se passa nos dias que antecedem ao clássico do futebol carioca Vasco e Fluminense, no Maracanã.

Em tom de tragicomédia, a peça relata a fase difícil do casal Zulmira e Toninho. Ela sofre de tuberculose e ele está desempregado. Um trio de músicos toca ao vivo composições de Nelson Gonçalves e Orlando Silva. Com ingressos a R$ 12, A Falecida está no teatro do Imes (av. Goiás, 3.400, São Caetano. Tel.: 4239-3306). A temporada segue até o próximo dia 23.

Também em São Caetano, acontece a encenação de Mulheres de Fases, Homem de Lua, realizada pela Turma 30 de Teatro (grupo oriundo da Escola de Teatro da Fundação das Artes). A atuação do homem e da mulher na sociedade moderna é o assunto abordado. Está em cartaz somente até este domingo, às 19h, na Fundarte (r. Visconde de Inhaúma, 730. Tel.: 4238-3030). As entradas custam de R$ 5 a R$ 10.




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