Apesar do árduo caminho, é possível vencer e se tornar grande artista. Para isso, no entanto, talento não basta; é preciso disciplina e trabalho, muito trabalho. Mas não faltam exemplos de brasileiros que abdicaram da família e do País para se aprofundar no estudo da dança clássica e conquistar plateias do mundo. Muitos foram recompensados e alguns até atingiram o posto mais alto em grandes companhias: o de primeiro bailarino.
A carioca Ady Addor está entre as precursoras que, ainda na década de 1950, obtiveram prestígio nos renomados Ballet Nacional de Cuba e American Ballet Theatre, de Nova York. Apesar de não ser muito conhecida pelos compatriotas, Márcia Haydée é uma das figuras mais respeitadas internacionalmente. Chamada de ‘Maria Callas da dança', foi primeira bailarina do Ballet de Stuttgart, na Alemanha, do qual se tornou diretora após a morte de John Cranko.
Atualmente, existem outros brasileiros que possuem status de estrelas do balé no Exterior. Marcelo Gomes é um deles. O amazonense brilha como primeiro bailarino no American Ballet Theater. É extremamente elogiado pela crítica especializada por possuir todos os atributos de grande artista; além da técnica impecável, é ótimo partner e intérprete. Já foi chamado, inclusive, de Cary Grant do balé pelo New York Times.
O curioso é que, assim como o são-caetanense Márcio, Marcelo ganhou bolsas para estudar fora; primeiro nos Estados Unidos e depois em Paris. Tinha apenas 13 anos quando partiu sozinho e sem saber inglês. Venceu.
Há também os primeiros bailarinos do Royal Ballet, de Londres, Thiago Soares e Roberta Marquez. Ele começou no street dance e só passou a se dedicar realmente à dança clássica aos 16 anos. Sua trajetória, então, ascendeu meteoricamente. Roberta conquistou espaço na companhia inglesa após substituir uma bailarina machucada. Um ano depois da experiência foi contratada definitivamente.
Que outros Marcelos, Thiagos e Robertas recebam apoio para se transformar em astros da dança.
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