O laudo de balística, apresentado por quatro peritos do Instituto de Criminalística, no terceiro dia do novo julgamento do ex-policial, nesta quarta, confirmou ainda que havia minúsculos pedaços de vidro no fragmento de chumbo encontrado no corpo de Josino. A prova é considerada básica pela acusaçao porque o vídeo que registrou a cena de Rambo atirando nao permite, sem o auxílio de computadores, a percepçao de que a bala acertou o vidro do carro.   

O advogado Gamalher Corrêa, que pretende questionar todos os laudos técnicos que apontam Rambo como autor do tiro, tentou relativizar as conclusoes dos peritos, demonstrando que eles nao eram capazes de apontar de que tipo exato de arma saíra o tiro. O chefe da equipe do IC, Antonio Miguel Verderramas, deixou claro que o estado do fragmento, examinados por microscópio eletrônico de varredura, impedia outras conclusoes. A apresentaçao dos demais laudos, do IC e da Unicamp, foi adiada para esta quinta. 

O advogado de defesa teve um pedido de suspensao do júri negado pelo Tribunal de Justiça. Gamalher pretendia apresentar um novo laudo, elaborado na Corregedoria da Polícia Militar, que provaria a inocência de Rambo. O comandante do órgao, coronel Luiz Carlos Magalhaes, negou na terça qualquer participaçao oficial na elaboraçao de um "laudo espúreo", abrindo medida administrativa contra o oficial envolvido.  

Para esta quinta estao previstos os depoimentos das três testemunhas de acusaçao e dois da defesa. Pela acusaçao devem depor Jefferson Caputi, Antonio Carlos Dias, amigos de Josino, e o tenente Wlamir Luz Machado. Pela defesa, serao chamados o tenente-coronel Pedro Matheus e o tenente Wilson Góes Júnior.