O deputado João Paulo CUnha (PT/SP), eleito neste domingo como presidente da Câmara, para um mandato de dois anos, com 434 votos favoráveis, 50 em branco e nove nulos, num total de 492, assumiu em seu discurso diversos compromissos, como a agilidade no que se refere à votação das reformas necessárias. A partir de agora ele conduz a apuração dos votos para os demais cargos da Mesa Diretora da Casa.

João Paulo citou em seu discurso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, frisando que seu companheiro é "um líder singular e de rara sensibilidade social, cuja biografia explica tamanha determinação em se converter no dínamo das mudanças". Também homenageou Ulysses Guimarães, dizendo que sua trajetória se confunde com os ideais republicanos.

O novo presidente da Câmara garantiu que vai comandar o Poder Legislativo para atender aos anseios do povo, e que assume com a sociedade o compromisso de votar as reformas que se fizerem necessárias. “Cabe a nós agilizar o que deve ser feito. Temos a obrigação com a qualidade das novas leis, e não com a quantidade de mudanças.”

Prometendo rigor na fiscalização de irregularidades, João Paulo disse que “cortar a própria carne dói e exige sensibilidade”, mas que não é por culpa de uma pessoa que toda a Casa vai ficar desacreditada pelo povo, garantindo ainda que a Câmara vai trabalhar de forma ativa, independente, autônoma e soberana.

A defesa dos direitos humanos e a ética também foram temas abordados como fundamentais para que a amara trabalhe sintonizada com as necessidades da sociedade. Por fim, João Paulo fez um apelo à paz no mundo, frisando que “esse Parlamento fará tudo o que for possível para deter essa massa de insensatos”.

Trajetória - João Paulo foi líder do Partidos dos Trabalhadores em 2002 e escolhido pela bancada como candidato à presidência da Câmara. Em sua campanha, ele visitou 14 estados e reuniu-se com 20 diferentes bancadas federais e com diversos governadores. Iniciou sua vida pública em Osasco (SP), cidade natal como vereador. Foi deputado estadual e cumpri o seu terceiro mandato como deputado federal.