No entanto, em sua edição deste sábado, o jornal iraquiano Azzaman afirma que o informante pertence a uma família que teve um membro, um oficial do Exército, executado em 1993 por Saddam Hussein depois de uma tentativa de golpe de Estado.

O informante poderia ser alvo de represálias, o que explicaria a decisão dos Estados Unidos de não revelar sua identidade. "Não direi o nome do informante", declarou o coronel Joe Anderson um dia depois da operação, ao mesmo tempo que precisou que a fonte está "sob proteção americana".

O departamento de Estado americano confirmou na sexta-feira que pagará a prometida recompensa de US$ 30 milhões em troca de informações que permitissem a detenção de Uday e Qusay Hussein, que morreram na última terça durante uma operação das forças americanas na casa de Mossul onde estavam escondidos.

Por outro lado, os vizinhos da casa de Mossul apontam dois homens como possíveis informantes: o xeque Nawaf Al Zaidan, que partiu ao lado de seu filho com as tropas americanas, e seu vizinho, o curdo Ahmed Tahar Zenana.

Ahmed Habel, vizinho da casa, disse que o informante pode ser o xeque Zaidan, um homem de negócios rico de Mossul que foi encarregado por Saddam Hussein de construir a nova mesquita da cidade. "Ele está ávido por dinheiro", disse Habel, que destacou que "o xeque foi levado sem algemas (pelos militares americanos) e parecia ser bem tratado pelos soldados".

O curdo Ahmed Tahar Zenana também é objeto de especulações. Segundo Kefar Mahmud, outro vizinho, o xeque Zaidan disse a Zenana que os filhos de Saddam estavam em sua casa. Zenana desapareceu de sua casa na quarta, levado por soldados americanos, segundo os moradores.