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Grupo francês pretende montar cassinos em Sao Paulo
Do Diário do Grande ABC
24/03/2000 | 10:49
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O grupo francês Pelikan, de Marselha, que opera 18 cassinos na Europa, Asia, Africa e na América Latina - apenas um, na República Dominicana - quer instalar duas casas de jogo no estado de Sao Paulo, porém fora do eixo do litoral. O investimento inicial, por meio da parceria com um estabelecimento do setor hoteleiro local, é estimado em US$ 80 milhoes.

O representante da Pelikan para os paises do Mercosul, economista argentino Daniel Ulrac, acredita que a legalizaçao dos cassinos será sancionada ainda durante o governo do presidente de Fernando Henrique Cardoso "em conseqüência da necessária modernizaçao da indústria do turismo, e pela pressao no congresso dos parlamentares que representam localidades beneficiadas pela medida".

Um estudo realizado pelo Governo Federal em 1997 estima em 10 mil o número de empregos diretos que seriam gerados por uma rede de casas de jogo equivalente a que existia no País há 54 anos, quando a atividade foi proibida pelo presidente Eurico Gaspar Dutra.

A organizaçao, controlada pelo conglomerado industrial-financeiro Dauberville-Matra, considera as estâncias hidrominerais das regioes serranas mais favoráveis a seu empreendimento "porque nelas a única atraçao acaba sendo mesmo o jogo", segundo Ulrac.

Ele nao revela quais sao as estâncias em consideraçao "teórica no momento", pelo grupo Pelikan. A existência de pelo menos um hotel de luxo que possa abrigar o cassino limita as alternativas a Campos do Jordao, Serra Negra (onde funcionava o antigo hotel-cassino Pavani, cujas salas de jogo foram fechadas em 1946) e Aguas de Lindóia.

A estrutura operacional dos empresários franceses é agressiva. De acordo com Daniel Ulrac, "24 horas depois da legalizaçao do funcionamento dos cassinos no Brasil, um aviao cargueiro estará pousando no aeroporto internacional mais próximo das cidades trazendo máquinas e equipamentos pré-montados, tudo pronto para funcionar em três dias".




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