A devolução de R$ 7 milhões feita pela Câmara ao Executivo garantiu ao prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), a possibilidade de conceder abono de Natal no valor de R$ 500, a 14 mil servidores ativos e inativos. Ontem, o projeto do governo recebeu aprovação por unanimidade dos vereadores, em duas sessões extraordinárias. O impacto financeiro é equivalente com a restituição, sobra do orçamento de R$ 43 milhões que estavam à disposição do Legislativo.
O prefeito admitiu que o benefício só foi possível por conta da sobra da Casa. Segundo Aidan, depois da confirmação da devolução, reuniu o corpo técnico da administração para analisar a condição. "Conversamos com as secretarias (de Finanças, Administração e Orçamento). Avaliamos que nesse cenário daria para usar a verba, dando continuidade à valorização do funcionalismo."
O pagamento será efetuado em dois dias distintos: dia 27 para os cargos operacionais (com salários menores dentro da Prefeitura) e 28 para os postos administrativos. "Nada mais do que justo. Quem ganha menos recebe primeiro", frisou o prefeito, ao assegurar que a reivindicação do Sindicato dos Servidores Públicos de Santo André não era possível ser atendida. A categoria pedia R$ 1.500.
Os técnicos do governo defendiam o aperto nos cintos, tendo em vista os 14% de reajuste salarial concedidos neste ano. O percentual acumulado de reajuste entre 2009 a 2011 atingiu 26,81%, o que representou ganho real de 11,86%.
Por outro lado, o líder do PT no Legislativo, Antonio Leite, enfatizou a falta de planejamento para prever o reconhecimento dos servidores. "Chegou de última hora. Demonstra que não tinha a intenção."
O secretário de Gabinete da Prefeitura, Nilson Bonome, disse que a demora na decisão se deu porque o secretariado esperou obter materialidade do valor que o governo fecharia de superávit financeiro. "Aguardamos para tomar postura com o pé no chão, responsabilidade. Por isso, a concessão foi com propriedade. Nenhuma aventura. Só seria se fosse aprovada antes de saber a viabilidade."
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