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Acidente de avião mata 33 pessoas em Manaus
Do Diário OnLine
Com Agências
15/05/2004 | 18:29
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Todos os 33 ocupantes do avião da companhia Rico Linhas Aéreas que caiu a poucos quilômetros do aeroporto de Manaus (AM), no fim da tarde de sexta-feira, morreram. Equipes dos Bombeiros, Marinha e Exército enfrentam dificuldades para tirar os corpos do local do acidente, conhecido como Tarumã-Mirim, que é de difícil acesso. O DAC (Departamento de Aviação Civil) e a Aeronáutica já foram acionados para investigar as causas da tragédia.

O avião modelo Brasília, prefixo PT-WRO, caiu por volta das 18h30 de sexta-feira, a 16 quilômetros da cabeceira da pista do Aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus. A aeronave partiu de São Paulo de Olivença (divisa do Amazonas com a Colômbia) com destino à capital amazonense – vôo número 4815.

As buscas e o resgate dos corpos começaram ainda na noite de sexta-feira. Três bombeiros e dois soldados do Exército conseguiram chegar à área do acidente usando uma corda de rapel, mas tiveram de voltar em seguida por causa das condições do tempo. Na retomada dos trabalhos, neste sábado, os soldados chegaram ao local em helicópteros e só conseguiram descer por meio de cordas.

As buscas foram encerradas por volta das 18h deste sábado, por causa das condições desfavoráveis de tempo e luminosidade. Apenas 12 corpos, todos mutilados e sem condições de reconhecimento, foram tirados do local. Uma corveta da Marinha e um helicóptero do Exército auxiliam no transporte dos corpos. As buscas serão retomadas neste domingo.

O chefe da Divisão de Infra-estrutura do Serviço Regional de Avião Civil de Manaus, tenente-coronel Eudes Jorge Ferreira da Silva, confirmou as dificuldades enfrentadas pela equipe de resgate na área do acidente. Ele relatou que membros do Corpo de Bombeiros do Esquadrão Aéreo de Salvamento do Rio de Janeiro e de Segurança de Vôo do Serviço Regional de Aviação Civil do aeroporto de Manaus estudam a melhor forma de tirar todos os 33 corpos do local.

Os parentes de vítimas que estão na capital amazonense contam com o apoio de médicos e psicólogos disponibilizados pela Rico. A direção da empresa assegurou que dará toda a assistência necessária aos parentes das vítimas do acidente, especialmente no traslado dos corpos e nas providências para os sepultamentos.

Queda - Um representante da Divisão de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos do DAC e outro do Centro de Investigação de Prevenção de Acidentes da Aeronáutica chegaram a Manaus neste sábado para colher informações sobre o acidente. As causas da tragédia, ainda desconhecidas, deverão ser confirmadas em 90 dias.

O gerente da Rico, Lucas Frade, relatou que o último contato do Brasília com a torre do aeroporto foi feito às 18h27, quando os operadores pediram que o comandante Rui Cléber desse prioridade de pouso para uma aeronave de pequeno porte que vinha logo atrás transportando um paciente em estado delicado.

O Brasília da Rico sumiu dos radares da torre de controle do aeroporto poucos minutos depois.

Inicialmente, a hipótese mais considerada para a tragédia é a falha numa das hélices do avião. "Não temos idéia do que pode ter causado a queda da aeronave", relatou o vice-presidente da Rico, Metin Yurtsever. "Foi uma fatalidade. O piloto era um dos mais experientes da empresa. Fez todos os procedimentos de aproximação normais", completou o diretor-presidente da companhia, Átila Yurtsever.

Histórico - A empresa Rico Linhas Aéreas atua desde a década de 60 no Brasil, com rotas interligando as principais capitais do Norte do país. Em média, 21 mil passageiros utilizam a companhia por mês nos Estados do Amazonas, Pará, Acre, Roraima e Rondônia.

As principais aeronaves da Rico são Boeings 737, Bandeirantes e Brasílias – a empresa tem outras 16 aeronaves do tipo na frota.

Em agosto de 2002, um avião Brasília da Rico caiu a cerca de 1,5 quilômetro da cabeceira da pista do Aeroporto Internacional de Rio Branco, no Acre. O acidente teve 23 vítimas fatais – oito pessoas sobreviveram.




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