"O primeiro desafio que o governo de Lula tem é renegociar o acordo do Brasil com o FMI", afirmou o catedrático da Universidade Católica de São Paulo e ex-membro da direção nacional do PT.
Ele qualificou de excessivas as exigências do FMI e advertiu que, se estas continuarem "da maneira como estão colocadas, tornarão quase impossível que Lula cumpra com os compromissos que assumiu na campanha eleitoral".
"É necessário ter uma política de responsabilidade fiscal e não podemos aceitar a idéia de um aumento explosivo da dívida pública a longo prazo", disse Machado Borges.
"Tampouco é boa coisa tentar resolver o problema da dívida com experiências dos chamados bloqueios de liquidez, como foi o plano Collor no Brasil ou o Bonex na Argentina, pois isso tem conseqüências muito negativas para a população", acrescentou.
"É preciso manter um superávit fiscal, mas no momento em que a economia brasileira está em recessão, é muito razoável ter um objetivo não tão ambicioso de superávit fiscal primário, deixando mais espaço no orçamento para alguns dos gastos urgentes, como a campanha contra a fome e o reajuste (salarial) dos funcionários públicos", disse.
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