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Educação adulta. E a Mauá oposição

A professora Lucinete Izabel de Faria, uma das mediadoras da Semana Diadema 2014...

Ademir Medici
12/12/2014 | 07:00
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A professora Lucinete Izabel de Faria, uma das mediadoras da Semana Diadema 2014, atua há 20 anos na Prefeitura, no segmento da Educação de Jovens e Adultos. Diademense. Paixão explicita pelo que faz: repassar conhecimentos a um público que não teve a oportunidade de estudar regularmente quando criança. O depoimento de Lucinete comove.

Já em Mauá, nosso orientador, João Sérgio Rimazza, retorna à Câmara Municipal. Foi vereador e presidente do legislativo pelo MDB – o partido opositor ao regime militar. Naquele tempo, o Grande ABC era Arena, inclusive Diadema. Mauá não era. E Rimazza vivenciou momentos difíceis do regime nacional.

Ler, escrever, assinar...

Lucinete Izabel de Faria

Fiz magistério no Cefam (Centro Específico de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério), na unidade de Diadema, entre 1989 e 1992.

Quando estava no 4º ano, nossa professora de Didática, Eunice, solicitou às diretoras que incluísse no currículo algumas horas de estágio nas escolas que ofereciam o curso supletivo para alfabetização de adultos. Lembro-me que não foi uma conquista muito fácil, pois não estava previsto o cumprimento de estágio para este segmento do ensino.

O certo é que ela conseguiu.

Escolhi a unidade do bairro Serraria (onde hoje é a ETE). Passei por duas classes e me encantei com tudo que vi. Logo quis saber mais detalhes de como poderia atuar como professora alfabetizadora de adultos.

Terminei o magistério em 1992 e, em 1994, fui contratada pela Prefeitura para atuar numa classe multisseriada, no Serraria (Núcleo da José Bonifácio).

Já são quase 20 anos de envolvimento com este serviço. Os alunos chegam esperançosos por aprender a assinar o nome completo; ler suas correspondências, livros, panfletos e placas; ajudar os filhos em idade de alfabetização; atuarem com autonomia nos locais onde trabalham; procurar os produtos pelos nomes e marcas, bem como saber ler os preços.

Suas experiências de vida ampliam nosso conhecimento com relação à cultura e à organização social, com destaque, a nordestina. A força que os impulsionou a ir à escola, após um dia de trabalho árduo, e o sorriso no rosto com que nos recepcionam, são impressionantes!

E não posso negar que não é só nossa atuação, como profissionais da Educação, que é marcante, eles também nos trazem uma série de informações, vivências únicas que nos marcam.

Procuramos, na medida do possível, irmos a teatros, cinemas e sarais. Também trazer filmes, promover palestras (com convidados), entre outras ações no intuito de ampliarmos nosso universo cultural e social.

É gratificante vê-los caminhar sozinhos. É muito bom ouvi-los dizer que a vida mudou, que já conseguem fazer coisas que antes dependiam de alguém e, agora, sentem orgulho de serem autônomos. Uma aluna chegou na escola sorrindo e abraçou-me porque fez uma compra e, ao invés de marcar sua digital, assinou seu nome completo. Disse-me que eu não imaginava o quanto ela estava feliz em poder assinar como todo mundo faz!

Lucinete Izabel de Faria

Naturalidade – Diadema, 10-11-1973.

Atividade – Professora

Obra coletiva

Associação Cultural Educacional Sustentável Solidária, de Santo André, lança hoje o livro Santo André, Livre Terra Querida. Um livro de poesias sobre a cidade, escrito por vários poetas populares. Eles demonstram todo o amor pela sua cidade: natal ou por adoção.

Quando: hoje, das 19h às 21h30

Local: Casa da Palavra

Endereço: Praça do Carmo, 171

Show especial: Marcelo Corrégio

Vereadores sem salários

João Sérgio Rimazza

Exerci a vereança de 1972 a março de 1976 – de 1975 a 1976 como presidente da Câmara de Mauá. Neste período, os vereadores não recebiam salários. E o projeto que mais me marcou foi o Cura (Comunidade Urbana de Recuperação Acelerada), que urbanizou o Parque São Vicente e o centro urbano da Vila São João, todos de minha autoria.

O Legislativo ficava no antigo número 23 do então início da Avenida Barão de Mauá, hoje Rua Prefeito Américo Perrella. Convivi com jornalistas como o Aleksandar Jovanovic, do Diário, hoje professor universitário. Aprendemos juntos os macetes da política: eu como vereador, ele como profissional da imprensa. Sem o saber com clareza, estávamos escrevendo uma parte da história de Mauá.

Diário há 30 anos

Quarta-feira, 12 de dezembro de 1984 – ano 27, nº 5696

Manchete – Fracassa conciliação na Ford e GMB; greve aumenta

Política – Tancredo (Neves, candidato à Presidência da República) define pontos de seu programa econômico.

Santo André – Inaugurada ontem a segunda agência da Nossa Caixa do município, à Rua Senador Flaquer, 51.

Paranapiacaba – Distrito andreense terá decoração natalina pela primeira vez na História.

Polícia – Punguista morto após furtar PM em São Bernardo.

Em 12 de dezembro de...

1914 – A guerra. Da manchete do Estadão: partida de 400 mil conscriptos franceses para o campo de batalha.

1954 – Mercantil Suissa, com fábrica na Via Anchieta, em São Bernardo, publica anúncio nos jornais. Destaca a produção da primeira bicicleta para crianças idealizada e fabricada no Brasil, “a bota de sete léguas”, primeiro produto da sua linha de produção.

1954 – Aberto, em São Paulo, o 1º Congresso Brasileiro de Cerâmica.

Santos do dia

- Nossa Senhora de Guadalupe foi declarada a padroeira da América Latina em 1945 pelo papa Pio XII. A Igreja narra que no quinhentismo registrou-se a aparição de Nossa Senhora a Juan Diego, um índio asteca, iniciando-se ali a devolução a Guadalupe.

- Duas Paróquias no Grande ABC são dedicadas a Nossa Senhora de Guadalupe: Jardim Riviera, em Santo André; Jardim das Orquídeas, na Grande Alvarenga, São Bernardo. Também a capela do Golden Parque, da Paróquia Jesus de Nazaré, em São Bernardo, é dedicada à santa.

- Cury

- Maxêncio

- Vicelino
 




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