Oswaldo Ciotto, que exerceu por 33 anos a função de maestro da Corporação Musical de São Caetano, foi sepultado neste domingo no Cemitério da Quarta Parada, em São Paulo. O regente morrera na manhã de sábado, aos 65 anos, em decorrência de parada cardíaca, após permanecer 15 dias internado na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do Hospital Cruz Azul, também na capital. Nesse período, teve implantado um marcapasso como parte do tratamento da arritmia cardíaca de que sofria. A morte ocorreu instantes depois de o hospital conceder-lhe alta, por volta das 11h deste sábado.
A despeito dos boatos, a morte de Ciotto não teve qualquer relação com a notícia do falecimento do prefeito Luiz Olinto Tortorello (ocorrida na sexta-feira passada), de quem era amigo próximo. "Nós da família achamos melhor não contar. E, pelo que sei, mais ninguém poderia ter falado sobre o assunto para ele", afirma Dieleine Ciotto, filha do maestro. "Mas meu pai sempre brincava com ele (Tortorello); dizia que quando um fosse (morresse), o outro iria logo atrás".
A Corporação Musical de São Caetano, atualmente com 45 integrantes, prestou uma última homenagem a Ciotto durante o funeral, ao tocar músicas do repertório composto por 5 mil composições, entre hinos nacionais de vários países, obras populares e trechos de sinfonias. Oswaldo Ciotto foi seu regente durante a maior parte da existência do grupo, fundado há 46 anos sob o nome de Corporação Santa Cecília. Afora as apresentações regulares em eventos e cerimônias da Prefeitura, da qual recebe subsídios para manutenção de instrumentos, a banda mantém um trabalho de instrução musical junto a alunos da rede municipal de ensino em São Caetano. Segundo Dieleine Ciotto, esse aspecto didático da Corporação era a verdadeira paixão de seu pai. "Mesmo lá na UTI, nesse tempo em que esteve internado, ele ficava explicando sobre música para enfermeiros e funcionários do hospital".
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