Depois de três dias de discussões com Condoleezza Rice, assessora do presidente americano George W. Bush para a segurança nacional, Dov Weisglass, o emissário de Sharon, voltará com as mãos vazias, informaram as emissoras de rádio estatal e militar, assim como vários jornais.
Sharon esperava obter dos norte-americanos um reconhecimento da anexação israelense dos setores onde estão instaladas as colônias israelenses mais importantes da Cisjordânia, assim como uma declaração presidencial americana rechaçando "o direito ao retorno" dos refugiados palestinos.
Ao ser entrevistado pela rádio militar, o número dois do governo, Ehud Olmert, não pôde confirmar as informações. "Se nós achamos, como é meu caso, que são necessárias medidas unilaterais, devemos tomá-las, não para satisfazer aos norte-americanos, mas em nosso próprio interesse", limitou-se a declarar Olmert.
Sharon propôs a Washington a retirada da Faixa de Gaza e o fim de seis colônias na Cisjordânia como parte de seu plano de separação unilateral. As seis pequenas colônias que Sharon estaria disposto a desmantelar (Ganim, Kadim, Homesh, Sa Nur, Mevo Dotan e Hermesh) ficam ao norte da Cisjordânia.
Veto - Apesar da negativa em dar garantias a Sharon, os EUA vetaram, na quinta-feira, no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) uma resolução condenando Israel pelo assassinato do xeque Ahmed Yassin, líder do grupo radical palestino Hamas, na última segunda-feira. A votação terminou com 11 votos a favor, um contra e três abstenções.
O embaixador dos EUA junto às Nações Unidas, John Negroponte, declarou que não apoiava o texto porque ele não incluía críticas às ações violentas do Hamas. Mesmo assim, ele admitiu que a morte do xeque Yassin poderá acarretar uma onda de violência no Oriente Médio.
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