Declarado insolvente no ano passado, a Parmalat pretende manter as atividades apenas nos locais que geram lucro, como na Colômbia, Nicarágua e Venezuela. O projeto não faz referência à Parmalat brasileira, maior filial da multinacional italiana na região, que declarou concordata no dia 27 de dezembro do ano passado. Atualmente, a empresa brasileira está sendo controlada por Keyler Carvalho Rocha, um administrador nomeado pelo governo.
Enrico Bondi - designado pelo governo para organizar as contas da multinacional italiana, depois da descoberta de um rombo de cerca de US$ 18 bilhões no final de 2003, prevê também a conversão da enorme dívida do grupo em ações da Parmalat.
A nova Parmalat estará presente apenas na Itália, no Sul da Europa (Espanha, Portugal), Europa do Leste (Rússia, Romênia), Canadá, Austrália, África do Sul e alguns países da América Latina, segundo este plano.
Bondi já havia adiantado, antes de apresentar o plano, que o grupo reduziria suas dimensões no futuro, ficando mais competitivo e eficaz, com uma direção descentralizada.
O grupo vai conservar duas marcas ao nível mundial, Parmalat (leite) e Santal (sucos de fruta), abandonando três quartos das suas marcas, principalmente aquelas que não estão relacionadas ao setor de laticínios e de sucos de fruta — considerados "núcleos fortes" da empresa.
O grupo vai manter a propriedade de Berna e Lactis na Itália, Clesa e Cacaolat na Espanha, Astro e Lactantia no Canadá, Pauls na Austrália e La Campina na Venezuela. O plano de resgate da multinacional italiana será discutido com todas as partes envolvidas, entre eles os sindicatos e credores. Após as discussões, será elaborado um projeto final, entre maio e junho deste ano.
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