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EUA destinam US$ 1 bi para desenvolver vacinas contra gripe aviária
Da AFP
04/05/2006 | 18:06
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Os Estados Unidos ergueram uma barreira contra uma eventual pandemia de gripe das aves ao aprovar nesta quinta-feira contratos de mais de US$ 1 bilhão com cinco grupos farmacêuticos para o desenvolvimento de vacinas contra a doença.

Os contratos de cinco anos foram concedidos a GlaxoSmithKline, Medimmune, Novartis Vaccines and Diagnostics, DynPort Vaccine e Solvay Pharmaceuticals, da Bélgica.

A decisão foi anunciada um dia depois de a Casa Branca revelar um plano de ação para enfrentar uma eventual pandemia de gripe aviária, que poderia causar milhares de mortes e perdas econômicas de grande escala nos Estados Unidos.

"Temos a oportunidade de ser a primeira geração que se prepara para uma pandemia", disse em um comunicado Mike Leavitt, secretário do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS, na sigla em inglês).

"Hoje demos um passo em nossa preparação, ao investirmos mais de US$ 1 bilhão para um desenvolvimento acelerado de vacinas, cuja produção se fará nos Estados Unidos", anunciou Leavitt.

Segundo especialistas, produzir uma vacina levaria meses, mas espera-se que os antivirais, junto com a adoção de medidas como o fechamento de escolas e as proibições de viagens, possam conter ou retardar a expansão da doença.

O antiviral Tamiflu, produzido pelo laboratório suíço Roche, continua até agora como o principal tratamento contra a gripe das aves em humanos.

O HHS solicitou aos cinco laboratórios a produção de 150 doses cada nos seis meses posteriores à declaração de uma pandemia de forma que cada americano possa ser vacinado.

As cinco empresas devem fabricar uma vacina a partir de cultivos celulares, ao invés de uma produzida por meio de ovos de galinha especializados, uma técnica que o HHS garante ter mudado pouco nos últimos 50 anos.

"A fabricação de vacinas baseada em cultivos celulares - uma tecnologia utilizada em muitas das vacinas modernas - assegura a aplicação de um método que é confiável, flexível e capaz de ser empregado em larga escala", destacou o HHS.

O vírus letal H5N1 não foi detectado na América do Norte, mas funcionários americanos temem que seja só uma questão de tempo para que o patógeno cruze o Atlântico, após se espalhar da Ásia para a África e a Europa.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) confirmou que até o momento 206 pessoas em todo o mundo se contaminaram com o vírus H5N1, das quais 113 morreram.



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