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Combates na Chechênia e Daguestao deixam 100 mortos
Do Diário do Grande ABC
03/10/1999 | 19:39
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Os combates travados neste domingo no norte da Chechênia e no Daguestao deixaram mais de 100 mortos entre as forças russas e chechenas, segundo diversas fontes. O número de baixas aumenta a medida que as tropas russas avançam sobre o território checheno.

O prefeito do distrito de Naurskaia, no noroeste da Chechênia, revelou que 42 soldados russos morreram em combates no povoado de Sovietskaia Rosia e outros dois em Icherskaia, junto ao rio Terek.

Segundo o prefeito do distrito de Chelkovskaia (nordeste), Abdul Kadyr Israilov, 20 soldados russos morreram em Chervlionaia, junto ao Terec, onde sete tanques russos foram destruídos.

Em Borozdinoskaia, outros 10 tanques russos foram destruídos.

De acordo com as mesmas fontes, nos combates nas duas regioes só morreram três chechenos e outros quatro ficaram feridos. Moscou desmente estas baixas em sua última fase da campanha para isolar a Chechênia.

Segundo as agências de notícias russas, as tropas federais destruiram na madrugada deste domingo uma coluna com 18 veículos, matando 30 combatentes chechenos. Três anos após a guerra da Chechênia (1994/1996), o Exército russo tenta estabelecer um "cordao de segurança" em torno dos chechenos, devido as incursoes dos rebeldes muçulmanos desta república no Daguestao.

Moscou também acusa a Chechênia de patrocinar os terroristas que realizaram os atentados que mataram 293 pessoas na Rússia desde 31 de agosto passado. Os tanques russos na Inguchia (norte do Cáucaso) dispararam neste domingo contra posiçoes chechenas nos arredores do povoado de Bamut, 45 km a oeste de Grozny, enquanto as forças russas consolidavam a zona de segurança estabelecida no norte da Chechênia.

De acordo com algumas fontes, os disparos visavam instalaçoes petroleiras, mas tal informaçao nao foi confirmada pelas autoridades russas. Desde 5 de setembro passado, as diversas operaçoes da Força Aérea russa já mataram mais de 600 chechenos, o que provocou a fuga de mais de 110 mil chechenos para as repúblicas vizinhas.

O presidente da Inguchia, Ruslan Auchev, afirmou neste domingo que 110 mil chechenos estao refugiados em seu país e qualificou a situaçao humanitária de "espantosa".




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