Livro que conta com cartunistas do Diário
relembra o escritor Gabriel García Márquez
Ele construiu a cidade fictícia de Macondo e deu vida às histórias malucas do Coronel Aureliano Buendía. Também contou dos causos de Degladina e narrou os disfarces de Santiago Nasar. Agora, quem ganha as páginas de livro é ele, o escritor colombiano e Nobel da Literatura de 1972 Gabriel García Márquez.
O autor, morto em abril, é relembrado com muito carinho em Gabo – Cem Anos de Gabriel García Márques em Charge (R$ 15), livro organizado por José Alberto Lovetro, o Jal, e que é ilustrado por caricaturas e charges de 72 cartunistas de diversos países como Argentina, Colômbia, México, Estados Unidos e, é claro, Brasil.
A produção é assinada pelo Departamento de Publicações do Memorial e tem tiragem inicial de 1.000 cópias.
Entre os brasileiros que ajudam a enriquecer a obra estão os ilustradores do Diário Fernandes e Seri, cada um com uma caricatura do homenageado.
Seri conta que fez essa ilustração justamente pela morte do escritor. “Fiz uma pesquisa imagética, fui atrás de fotografias dele, vi com qual delas me sentia melhor e coloquei na tela. Fiz a caricatura toda no computador”, explica.
Fernandes, cuja obra foi feita em papel sulfite, fez o desenho logo depois de ter lido o livro Cem Anos de Solidão, há alguns anos. “Gostei muito do livro. Acho que o Gabo era um gênio, pois vai além do real, faz o que o artista faz, mexe com o imaginário. Ele dizia que descobriu que poderia ir além, o papel dá essa possibilidade. É ser mágico. Por isso gosto dele, é um exemplo para qualquer artista”, diz Fernandes.
O livro é resultado de exposição internacional realizada no Memorial da América Latina, em São Paulo, organizada pela Associação dos Cartunistas do Brasil.As páginas contam com charges de artistas como Dalcio Machado e caricaturas de nomes como Cau Gomes, Biratan Porto, que faz trabalho sintético usando letras, Junior Lopes, que opta por retalhos de pano. Outro que também faz parte é o colombiano radicado na Espanha Turcios. J.Bosco, do Pará, também não fica de fora da obra.
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