O policial foi o primeiro a ser rendido pelos ladrões. Correia desceu do Fiesta cinza em que estava e foi para a calçada para entrar na empresa, cuja atividade e nome não foram divulgados. Ele chamou pelo motorista do Gol bege onde estavam os malotes, Paulo Santiago de Oliveira, 50 anos, para que tocasse o interfone e pedisse a abertura do segundo portão. “Só não morri por ter descido do carro depois do chamado de Correia”, disse o motorista.
Nesse momento, um dos assaltantes se aproximou e encostou uma pistola calibre 380 no peito do policial militar, que se virou para tentar pegar sua pistola, de mesmo calibre, que estava na cintura. Correia teve tempo apenas de empunhar a arma até ser atingido, à queima roupa, com um tiro no peito, seguido de outro na barriga. O policial ainda conseguiu atirar contra o ladrão, que disparou outras quatro vezes, nos dois braços de Correia e nas duas pernas.
Enquanto isso, no meio da rua, pelo menos outros quatro assaltantes trocavam tiros com um guarda civil de São Paulo, Valter Gomes dos Santos, 34 anos, que também estava de folga e fazia a escolta dos malotes. Ele estava no Gol com o motorista Oliveira. O guarda teria disparado sua arma, uma pistola calibre 380, cerca de 13 vezes e saiu do local. Ele foi encontrado e identificado no meio da tarde.
O motorista do Fiesta, Luiz Fernando Batisteli da Silva, 36 anos, socorreu o policial e o levou até o Hospital Estadual de Diadema, mas Correia não resistiu e chegou sem vida. Ele era casado com uma soldado da Polícia Militar e tinha dois filhos.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.