Política Titulo PT e PSDB
Partidos formam bloco contra polarização de PT e PSDB

PPS, PSB, PV e PR se alinham na Assembleia e pretendem reproduzir o modelo em Brasília

Gustavo Pinchiaro
Do Diário Grande ABC
27/11/2014 | 07:00
Compartilhar notícia
Divulgação


Com objetivo de se fortalecerem e oferecer alternativa à polarização de petistas e tucanos, PPS, PSB, PV e PR formalizaram a criação de um bloco que engloba 15 deputados estaduais na Assembleia Legislativa, ontem, e entregaram o documento ao presidente da Casa, Samuel Moreira (PSDB). O grupo passará a ter 18 integrantes na próxima legislatura e se consolida como a terceira maior bancada do parlamento paulista, atrás apenas de PT e PSDB.

A união dos partidos funcionará para alinhar a atuação parlamentar, em administrações públicas e embasará coligações eleitorais no próximo pleito de 2016.

A união deve ser reproduzida em Brasília na semana que vem, quando os líderes partidários se encontrarão. O efeito será levado também aos municípios. Há expectativa de que o Solidariedade, que tem um parlamentar na Casa (Luiz Carlos Gondim), se some ao bloco. A união, segundo os parlamentares, só não foi formalizada por desencontro de agenda. Em Brasília, porém, o PR deve ficar fora do grupo para se manter alinhado ao PT.

“Não formamos o bloco por interesses exclusivos. O objetivo principal é criar frente nacional que seja reproduzida nos Estados e municípios. É um exemplo do que já acontece em outros países. No Uruguai, nosso vizinho, por exemplo, são criadas frentes que unificam partidos não só para votarem juntos, mas para representarem a sociedade em processos eleitorais. Se o Solidariedade se unir a nós em Brasília, vamos consolidar a segunda maior bancada, com 74 deputados federais”, projetou o presidente estadual do PPS e deputado federal eleito, Alex Manente, de São Bernardo.

O comando do bloco será dividido de acordo com “o peso” de cada sigla. A determinação para união dos partidos ocorrerá de cima para baixo, vindo dos líderes nacionais, estaduais para os municipais. Entretanto, as decisões políticas seguiram caminho inverso. “Se houver divergência nos municípios, a decisão passará para a estadual. Se permanecer a divergência, a decisão vai para a nacional. Sempre sairemos unificados”, destacou Alex.

Na reunião de ontem, ficou decidido que a liderança do bloco na Assembleia se dará por rodízio. A cada semana um partido exercerá a função. As reuniões ocorrerão semanalmente na sala da liderança de cada sigla, tradicionalmente às 14h30, horário que antecede reunião de todas as lideranças do Legislativo paulista.

O deputado estadual Orlando Bolçone (PSB) comentou que a união terá capacidade de influenciar a pauta da Assembleia. “Podemos ser decisivos nas votações”. O vice-presidente da Casa, Chico Sardelli (PV), admitiu que a ala também poderá ampliar o leque de temas a serem discutidos. “Não é bloco que nasce para ser contra. Vamos buscar um consenso coletivo para que possa avançar dentro das questões que existem dentro da Assembleia”, pontuou.

Já Davi Zaia (PPS) frisou que a força dos parlamentares vai aumentar as dificuldades em discussão com outras sigla. “A sociedade cobra mudanças. Teremos muitos desafios pela frente para atender a estes anseios”. Edson Giriboni (PV) ressaltou que a unificação dos partidos é um ato pioneiro e histórico. “Mostramos ousadia e coragem. O grande desafio será justificar essa união à sociedade.” 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;