Política Titulo São Bernardo
Empresa do Paraná está perto de aplicar concurso na Câmara

EPL oferece melhor preço ao Legislativo de São Bernardo e deve ser habilitada a organizar prova; diretores da Casa queriam Vunesp ou Carlos Chagas

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
21/11/2014 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


A EPL (Empresa Paranaense de Licitações Ltda) ofereceu o menor preço na licitação aberta pelo presidente da Câmara de São Bernardo, Tião Mateus (PT), para contratação de empresa que aplicará concurso público para preenchimento de 21 vagas no Legislativo. A companhia está encaminhada para executar o serviço – já que critério menor preço é decisivo – e pode tirar do papel uma promessa do petista para tentar organizar o quadro de servidores legislativos.

Ontem, o secretário-geral da Casa, Roberto Carlos de Almeida, publicou no Diário Oficial lista com quatro propostas de interessadas no contrato, indicando a EPL como a favorita para coordenar o processo seletivo, já que apresentou tabela com preços mais vantajosos ao poder público. Na sequência estão a RBO Assessoria Pública e Projetos Municipais Ltda, Consesp – Concurso, Residências Médicas, Avaliações e Pesquisas Ltda e Shdias Consultoria e Assessoria Ltda. Interessadas ainda podem contestar o resultado.

Somente a Persona Capacitação Assessoria e Consultoria foi desabilitada da licitação por não atender a itens presentes no edital. No total, 11 empresas manifestaram interesse no convênio, sendo só cinco pré-selecionadas pela comissão de licitações da Casa.

Nenhuma das empresas estava no rol de cogitadas pela direção da Câmara no começo do ano, quando o tema concurso público foi colocado em pauta pelo presidente Tião Mateus. Alguns funcionários do alto escalão do Legislativo pressionaram o petista até o último momento para admitir, sem licitação, a Vunesp (Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista) ou da Fundação Carlos Chagas. Tião venceu a queda de braço.

Tião afirma que 57 servidores deixaram os quadros legislativos, seja por transferência ou aposentadoria, desde 2012, o que tem sobrecarregado diversos setores da Casa. Segundo o petista, departamentos mais críticos são cerimonial, jurídico e administrativo – justamente para onde as vagas serão destinadas agora.

Alegando falta de recursos, o presidente da Câmara optou por abrir 21 dos 57 cargos em desfalque, mas a opção gerou desconforto na Casa, principalmente porque Tião decidiu devolver R$ 8,5 milhões em sobra de receita para a Prefeitura de São Bernardo em 2013. Vereadores e funcionários indicaram que o recurso poderia ser direcionado à folha de pagamento para poder contratar servidores.  




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