Já o Talibã afirma que áreas residenciais foram atingidas e cerca de 18 civis afegãos foram mortos. Segundo a milícia, os soldados talibãs teriam impedido que os helicópteros pousassem e um deles teria sido derrubado, matando pelo menos 20 norte-americanos. A informação não é confirmada pelos Estados Unidos.
O Pentágono confirmou apenas duas mortes de soldados americanos, que teriam ocorrido na sexta com a queda acidental de um helicóptero. Enquanto o Talibã afirma que suas forças teriam atingido a aeronave, que caiu no Paquistão, próximo a fronteira afegã.
O ministro da Cultura e Informação afegão, Qudratulah Jamalel, afirmou que nenhuma tropa norte-americana atacou por terra neste domingo.
O terrorista Osama bin Laden, que é principal alvo dos Estados Unidos, e o líder supremo do Talibã, Mohammad Omar, estão bem e em segurança, de acordo com o ministro talibã para Regiões Fronteiriças, Maulvi Jalaluddin Haqqani.
Os fortes ataques deste domingo duraram 45 minutos, segundo informações da CNN, e atingiram uma antiga base aérea russa. Dois aviões F/A-18 bombardearam a base de Bagram, que é controlada pela Aliança Norte, grupo interno de oposição ao Talibã. A Aliança sabia antecipadamente dos ataques.
Segundo um fotógrafo da CNN, em princípio, os aviões fizeram vôos de reconhecimento a grande altitude para depois começarem o bombardeio. A milícia respondeu aos ataques.
Neste domingo, o Talibã anunciou que matou cinco homens acusados de sabotagem e espionagem em favor dos Estados Unidos, em Mazar-i-Sharif, onde acontece violentos confrontos com a Aliança Norte.
O filho de 10 anos de Mohammad Omar, que ficou ferido nos primeiros dias de ataques norte-americanos, teria morrido em um hospital em Kandahar, neste domingo, segundo a BBC.
Novas ações terrestres- O Pentágono já afirmou que não deve dar detalhes sobre os ataques terrestres para assegurar a eficiência de suas ações. No sábado, o comandante da Força Aérea dos EUA, Richard Myers, afirmou que as tropas estão fazendo reparos e se reposicionando para futuras ações contra alvos terroristas.
Há informações de que alguns dos soldados norte-americanos que participaram das ações no sul do território afegão teriam ficado no país para descobrir planos da Al Qaeda e fazer a identificação da região.
O secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, já afirmou que os Estados Unidos e seus aliados esperam que as operações no Afeganistão estejam "resolvidas" antes do começo do inverno no Hemisfério Norte, o que dificultaria a ação de suas obras.
Neste domingo houve confrontos entre policiais paquistaneses e refugiados afegãos que buscam ultrapassar a fronteira do Paquistão. A fronteira de Shaman está fechada e só permite a entrada de afegãos que precisem de atendimento médico urgente ou possuam visto de entrada no país. Há informações de que a maioria da população de Kandahah já deixou a cidade depois do início dos ataques. No sábado, cinco mil afegãos conseguiram ultrapassar a fronteira.
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