Em tempos de febre maculosa, transmitida pelo carrapato-estrela, moradores do Parque Seleta, em São Bernardo, temem a presença dos bois e cavalos que pastam em um terreno público na rua Professora Adélia Alves Martins. Os animais pastam no local há anos, mas na semana passada a população começou a capturar carrapatos que aparecem nos quintais. O terreno não tem nenhuma proteção, o que facilita a entrada dos animais e depósito de lixo clandestino.
“Há algum tempo, disseram que iriam fazer uma obra aqui. Mas nada foi construído. O fato agora é que desde maio pedimos à Prefeitura que alguma atitude seja tomada para impedir que os animais venham pastar aqui e que impeçam as pessoas de jogar lixo, mas nada acontece”, afirma o guarda civil municipal Antônio Batista Moreira, 37 anos, que vive há um ano em frente ao terreno.
O guarda Moreira explica que, diariamente, de dois a três cavalos ficam pastando no terreno. A vegetação no local é baixa e não há muretas, cercas ou qualquer outra proteção no local para impedir a entrada de animais. “E tem os bois, que um rapaz traz aqui, deixa o dia todo pastando e depois leva embora”, complementa. O guarda tem três protocolos de reclamação na Prefeitura, queixando-se sobre a situação.
A preocupação com os animais cresceu muito há cerca de duas semanas, quando o guarda e outros vizinhos pegaram um carrapato no quintal. Não estão certos se o aracnídeo pego é da espécie transmissora da febre maculosa, mas afirmam que preferem não arriscar. Por isso, o imediatismo exigido pela população na solução do problema.
A Prefeitura informou que a limpeza do terreno deve ser feita até a próxima semana, e que o serviço já fazia parte do cronograma da Secretaria de Serviços Urbanos. Já o Centro de Controle de Zoonoses informou que também esteve no local e não encontrou carrapatos no terreno e nos animais que estavam ali. A Prefeitura informou que não há planos para cercar a área e impedir o depósito de entulho ou a presença dos animais, mas garantiu que continuará realizando limpeza no local.
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