Automóveis Titulo
Blindar não é simples
Marcelo Monegato
Do Diário do Grande ABC
01/10/2008 | 07:02
Compartilhar notícia


Sair ileso de um assalto no caótico e violento trânsito dos grandes centros urbanos, como São Paulo e o Grande ABC, tornou-se regalia de alguns poucos privilegiados financeiramente. Foi-se o tempo em que escurecer os vidros com películas ou deixá-los fechados, passando calor dentro do veículo, inibia a ação dos criminosos. Hoje, para estar bem protegido contra o perigo que vem de fora, a alternativa mais interessante é blindar o automóvel.

Ao contrário do que muitos imaginam, proteger o carro com chapas de aço, mantas à prova de balas e vidros reforçados é algo mais complicado do que parece. "Antes de optar por uma blindadora, o interessado deve fazer uma pesquisa ‘burocrática' para saber quais os documentos necessários para que a blindagem tenha validade", explica Rogério Garrubbo, diretor técnico da Concept Blindagens.

De acordo com o especialista, caso a blindadora não possua alguns documentos, como CR (Certificado de Registro) e RTE (Relatório Técnico Experimental) - ambos expedidos pelo Exército -, ou não consiga uma autorização específica para cada veículo a ser blindado - que deve ser apresentada junto à Região Militar em que a blindadora está registrada -, o proprietário não conseguirá, por exemplo, fazer o seguro do veículo.

"Por isso é necessário, antes de mais nada, pesquisar junto a institutos de renome, como a Abrablin (Associação Brasileira de Blindagem) e o Cesvi (Centro de Experimentação e Segurança Viária), para saber a procedência da empresa onde se deseja blindar o carro", avisa Garrubbo.

Um alerta importante: após a escolha da blindadora onde será feito o serviço, o ideal é que o consumidor compareça ao estabelecimento para conversar não apenas com os vendedores, mas também com os engenheiros e funcionários da empresa. "Perder algumas horas do dia analisando o estabelecimento pode impedir que se jogue mais de R$ 200 mil pelo ralo", explica o especialista. "Em blindagem, o dito popular ‘o barato custa caro' é verdadeiro".

Os problemas mais comuns entre os carros com blindagem de baixa qualidade são os de acabamento, excesso de peso, durabilidade e, os mais perigosos de todos, danos elétricos. "Trocar uma central elétrica sai mais caro do que mandar fazer o motor de um Audi", revela Garrubbo.

MANUTENÇÃO
Essa é uma palavra mais do que importante para quem tem um carro blindado. A manutenção, segundo especialistas, deve ser realizada após um ano e custa, em média, R$ 1.000 - para carros que foram blindados há mais de três anos, o preço é um pouco mais elevado.

Normalmente, as blindadoras oferecem pelo menos três anos de garantia para a carroceria e para os vidros.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.

Mais Lidas

;