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São Bernardo tem venda ilegal de vales-transporte
Isis Mastromano Correia
Do Diário do Grande ABC
05/08/2008 | 07:00
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O comércio ilegal de vales- transporte corre solto e sem fiscalização nas imediações da Praça Lauro Gomes, no Centro de São Bernardo.

Endereços como a Avenida Brigadeiro Faria Lima e as ruas Marechal Deodoro, Marechal Rondon, Nilton Prado e Tenente Sales estão tomadas por ambulantes que compram e vendem bilhetes para os ônibus municipais e para os coletivos da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos).

É um verdadeiro conglomerado de camelôs repassando passagens a R$ 2, o que garante economia imediata aos compradores de R$ 0,30 por viagem.

A vantagem no preço oscila no caso dos bilhetes da EMTU devido à quantidade de viagens que cada tipo de tíquete dá direito.

A maior concentração de vendedores está na Avenida Brigadeiro Faria Lima. São pelo menos 30 deles, todos enfileirados na calçada, disputando a clientela entre os passageiros que se aglomeram no ponto de ônibus em frente ao Shopping Popular Lauro Gomes.

Os vendedores de bilhetes se fixaram na rua de tal maneira que, apesar de fora das regras, trabalham em bancadas feitas de madeira quase que padronizadas, com assentos e algumas até cobertas com guarda-sol.

Quem fica mais perto do ponto de ônibus ou nas esquinas do quadrilátero formado pela praça leva vantagem para conseguir um número maior de clientes.

Além dos ambulantes nas calçadas, o comércio acontece também em lojas de DVDs falsificados no entorno.

O comércio é abastecido por estudantes e trabalhadores que decidem vender seus vales-transporte para conseguir dinheiro.

Os primeiros dias de cada mês costumam ser os mais movimentados para os ambulantes. É geralmente nesse período que as pessoas recebem seus vales e saem às ruas para negociar.

Os bilhetes são adquiridos a preço de custo e por isso são revendidos com valor abaixo do que a passagem custa normalmente (R$ 2,30 no caso dos ônibus municipais).

"É difícil passar fiscalização aqui", garante um dos ambulantes que disputa espaço com pelo menos outros 45 instalados na região da Praça Lauro Gomes.

"A gente faz isso porque tem de ganhar o pão, dar o que comer para a família", lamenta uma senhora que também vende os passes. 




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