Bloco de contrários à gestão Marinho afirma que terá candidato à presidência do Legislativo para conter governistas descontentes
A bancada de oposição ao prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), anunciou que terá candidato próprio à presidência da Câmara e, embora abra possibilidade de diálogo com governistas dissidentes do projeto do PT na eleição interna, sinaliza que dificilmente abrirá mão da indicação do cabeça da chapa contrária à gestão petista.
O situacionista Fábio Landi (PSD) declarou na quarta-feira ruptura com o governo na discussão pelo comando da Casa, disparou críticas à condução dos trabalhos do atual presidente, Tião Mateus (PT), e revelou conversas com vereadores da oposição com intuito de formar frente para derrubar o PT no pleito interno.
“Teremos candidato. Já está decidido pelo grupo”, afirmou Julinho Fuzari (PPS). “Não vamos fechar diálogo com ninguém. Mas o que está certo é que a oposição terá um nome na concorrência pela presidência da Câmara. Se eles (dissidentes do Paço) quiserem se juntar a nós, serão bem-vindos. Mas terão de vir sabendo que a oposição tem seu candidato”, adicionou o popular-socialista.
As falas de Julinho foram corroboradas por Pery Cartola (SD), que representou os contrários de Marinho na eleição de 1º de janeiro de 2013, quando Tião foi eleito presidente do Legislativo de São Bernardo com as bênçãos do prefeito. “Assim como houve em 2013, a oposição terá nomes para apresentar para todos os cargos da mesa diretora.”
Com oito vereadores – Julinho, Pery, Osvaldo Camargo (PPS), Manuel Martins (PPS), Estevão Camolesi (PPS), Marcelo Lima (PPS), Hiroyuki Minami (PSDB) e Juarez Tudo Azul (PSDB) –, a oposição é assediada por parte de governistas descontentes com a condução das conversas para sucessão de Tião. A fissura na base governista pode resultar em três candidaturas diferentes de apoio à gestão Marinho, e os oito votos oposicionistas seriam fiel da balança na eleição interna.
Os três projetos que se desenham são candidatura do bloco PSD-DEM (hoje com quatro vereadores), a favorita de Ramon Ramos (PDT) – que aglutinaria parlamentares que não querem um petista na liderança da Casa – e a de José Luiz Ferrarezi (PT).
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