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Nova estratégia comercial

Estudo preparado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), com base em dados da OMC (Organização Mundial de Comércio), levando em conta as correntes de comércio de 2008 e 2013 dos países que formam o G-20, apontou o Brasil na penúltima colocação no segmento de bens industriais, à frente apenas da Arábia Saudita

Do Diário do Grande ABC
03/11/2014 | 08:29
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Artigo

Estudo preparado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), com base em dados da OMC (Organização Mundial de Comércio), levando em conta as correntes de comércio de 2008 e 2013 dos países que formam o G-20, apontou o Brasil na penúltima colocação no segmento de bens industriais, à frente apenas da Arábia Saudita. O deficit brasileiro no comércio de produtos manufaturados aumentou 150% entre 2008 e 2013. Outros 12 países também registraram deficit, importando mais do que exportaram, mas só a Arábia Saudita apresentou resultado negativo maior que o do Brasil.

Esses dados constituem argumento irrespondível e refletem o que foi a política de comércio exterior colocada em prática pelos últimos governos. Mais: são o retrato fiel do fracasso de estratégia que está levando o País a situação de crise, que custará muitos anos de sacrifício para ser revertida, se o novo (velho) governo que saiu das urnas não reformular sua estratégia para o comércio exterior.

Os números da Organização Mundial de Comércio mostram que o Brasil vem perdendo eficiência exatamente nos bens manufaturados, que têm maior valor agregado, em razão de processo que já ficou consagrado como ‘desindustrialização’. Se já não exporta tantos bens manufaturados como antes, o Brasil ampliou o seu deficit de US$ 35 bilhões para US$ 88 bilhões no período de 2008 a 2013. Isso porque suas exportações também não acompanharam a tendência das nações mais desenvolvidas: enquanto as exportações mundiais de manufaturados chegaram a US$ 11,8 trilhões em 2013, registrando crescimento de 13,4% em relação a 2008, as do Brasil caíram 1% no período.

O que explica esse fracasso já se sabe há muito tempo. São causas que até já ganharam termo apropriado: custo Brasil, que inclui dificuldades de logística, burocracia alfandegária e elevado peso tributário, que tornam os produtos brasileiros pouco competitivos, inclusive os do agronegócio, que precisam viajar dias e dias em cima de carretas por estradas nem sempre asfaltadas.

Além disso, o Brasil, nos últimos tempos, insistiu em fechar-se para o mundo, deixando de firmar acordos de preferência com países e blocos, limitando-se a participar do Mercosul (Mercado Comum do Sul), que, até agora, não conseguiu fechar um tratado de livre-comércio com a União Europeia, depois de mais de uma década de negociações.

Milton Lourenço é presidente da Fiorde Logística Internacional e diretor do Sindicomis (Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística do Estado de São Paulo).

Palavra do leitor

Edson
É com pesar que recebo a notícia da partida de um dos militantes culturais mais ativos da atualidade no Grande ABC, o pajé da taba de Corumbé, Edson Bueno de Camargo. Pessoa de sensibilidade única e que sabia transformar palavras em imagens e sentimentos. Grande entusiasta das artes, era comum vê-lo desfilar alegria nos eventos culturais, viveu a cultura como nem um outro. Despeço-me do poeta com poesia: ‘quando o primeiro instante da saudade se confunde com o último ato da conquista tão desejada, palavras calam qualquer fala, e procuram negar qualquer desconforto sentido. É nessa hora da separação necessária, para a qual a vida faz analogia com o nascer, que os significados do que fazemos têm sentido maior. O sentido de nos fazer perceber que a vida nos impõe o outro como convivência necessária e criadora. E indica calada, e ao mesmo tempo ansiosa, que seja breve a descoberta de que o saber é feito por muitas mãos. Agora que nossos abraços são mais amigos e nossos corações mais enriquecidos, também é nossa a certeza dos motivos cumpridos!’ E como falou o poeta Fernando Pessoa: ‘Tudo vale a pena quando a alma não é pequena.’
Gecimar Evangelista

Medição
Após ser considerado culpado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), Cesare Battisti foi premiado, carinhosamente, diga-se de passagem, por Lula, então presidente do Brasil, com a recusa de sua extradição, pedida pelo governo da Itália, em cujo país fora condenado à prisão perpétua, por assassinatos. Acrescente-se que hoje esse homem vive no Brasil, com todas as regalias de qualquer cidadão brasileiro. Agora o Brasil pede a extradição de Henrique Pizzolato, por ter sido condenado no Brasil, por ser um dos mensaleiros. Todavia, tal pedido foi recusado, talvez por retaliação, na qual é utilizada a máxima ‘quem com ferro fere, com ferro será ferido’, e ainda tecendo sérias críticas de precariedade ao nosso sistema carcerário. Isso apenas, queremos crer, para justificar tal retaliação ao nosso País. Aliás, dando razão ao ministro da Justiça do Brasil quando disse ‘que preferia morrer do que ficar na prisão’. Pensar que a Itália fosse, ou irá, atender ao pedido de extradição de Pizzolato feito pelo Brasil é acreditar no conto da Carochinha, pois a Itália leva muito a sério a máxima ‘com a mesma régua que medires, serás medido’.
Flávio Fernandes
São Caetano

Quem é imbecil?
Reportagem neste Diário deixou-me perplexo (Política, dia 30)! O prefeito dos ‘malfeitos’ ofende os que fazem qualquer tipo de observação às suas promessas e obras na cidade, lembrando que essas fazem parte de plano de governo. Na verdade, é obrigação do ‘gestor’ olhar e atender às necessidades da população, e não fazer marketing e entregá-las inacabadas, como CEUs e HC, ambos com funcionamento parcial, ou, ainda, descaracterizando o patrimônio da cidade, como a Praça da Matriz, Cemitério da Pauliceia, além do desrespeito às cores do município, porque o alcaide pinta tudo de vermelho. Uma vergonha! A cidade e seus vereadores não podem permitir que essa palavra seja pronunciada. É ofensa e esse ‘cara’ tem lista de malfeitos, inclusive publicados neste conceituado Diário: campanha em horário de expediente, fantasma do Sesi, secretaria de ‘deseducação’ e seus editais, uniformes, tênis da china, brinquedos (além de uma condenação), Museu do Trabalhador, gastos com publicidade, aloprado no Consórcio Intermunicipal, endividamento do município, corte de verba do trânsito, Autoplan, falta de médicos, enfim, enormidade de irregularidades. E ainda com ofensa? Não, prefeito. Não aceito. Não lhe pago para isso. Melhor cuidar da cidade e prestar contas. Ofensas, não!
Luizinho Fernandes
São Bernardo

Amigos
Estimados amigos vereadores de Diadema, tenho o maior respeito e admiração pela função pública que foi-lhes delegada também por mim, eleitor. Posso imaginar e sentir quão difícil seja levar a bom termo o exercício pleno e absoluto do mandato. Como cidadão e eleitor que sou, dentre outros, acompanhar, cobrar, propor e fiscalizar os atos praticados por todos são direitos e obrigações cívicas de difícil cumprimento. E por quê? Simplesmente assim: ao apontar algo, quatro dedos viram-se contra mim, o que obriga-me ao atendimento incontinente da minha consciência e do direito. Não estou dando uma de ‘politicamente correto’ para amaciar as posturas que de público tenho assumido e depois voltar a ‘jogar pedras’. Mas como estamos entre amigos, e ninguém está nos ouvindo, permitam-me finalizar assim essa minha pública e parca missiva, indo direto ao ponto: Que porcaria é essa CPI da Saúde Pública!
Filipe dos Anjos
Diadema

Semob. De novo!
O Semob de São Caetano deveria se chamar ‘Secretaria da Imobilidade’. A cidade possui uma viatura por km², mas por que a impunidade reina em locais como as rua Santa Catarina, no Centro, Visconde de Inhaúma, Nova Gerty, e, principalmente, na Engenheiro Armando Arruda Pereira, na Vila São José, em toda sua extensão? Nessas vias citadas os motoristas não respeitam vagas de deficientes nem de idosos, estacionam onde bem entendem, inclusive debaixo de placas indicando a proibição, e nunca vemos agente exercendo a função, que seria coibir esses abusos! O único local que presencio agentes autuando é nos arredores do shopping. Estranho, não é? Espero que alguém competente leia esta carta e coloque os comissionados encostados para trabalhar, pois o trânsito em nossa cidade é balbúrdia, em todos os sentidos.
Augusto Xavier
São Caetano  




Comentários

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