Prefeito por 3 vezes despista, mas não nega concorrer ao Paço em 2016
Ex-prefeito de Diadema e atual secretário de Saúde na Capital, José de Filippi Júnior (PT) despistou sobre a possibilidade de voltar a disputar o Paço, em 2016. Chefe do Executivo diademense por três vezes (1993 a 1996; 2001 a 2004 e 2005 a 2008), o petista é visto como único com recall político necessário para derrotar o prefeito Lauro Michels (PV) e devolver o Paço às mãos do PT. “Eleição municipal só daqui dois anos”, desconversou, mas sem negar possibilidade de estar nas urnas diademenses.
Oficialmente, petistas ainda não discutem a sucessão municipal. Porém, desde a derrota histórica em 2012, quando o então prefeito Mário Reali (PT) perdeu a reeleição, a legenda avalia nome ideal para derrubar Lauro. Na bolsa de apostas, Filippi desponta como favorito. O revés sofrido por Reali no pleito deste ano – tentou, sem sucesso, vaga na Câmara dos Deputados – intensificou ainda mais o coro pela volta do ex-prefeito. A secretária de Defesa Social e atual secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki (PT), também é cotada, mas teria de superar o fato de não ser conhecida pela população.
“Eu fico surpreso (com apelo por sua volta). Toda a minha carreira política eu devo a Diadema. Fui prefeito três vezes e me elegi deputado federal graças a essa cidade”, discorreu o petista.
Filippi evita comentar sobre eventual retorno até entre os correligionários. A avaliação dos militantes é a de que o ex-prefeito vislumbra carreira política em Brasília, como possível ministro da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT).
Além de três mandatos como chefe do Paço, Filippi tem em sua conta a vitória de Reali em 2008, quando indicou o pupilo à sucessão e o petista triunfou logo no primeiro turno. Em 2010, o ex-prefeito se elegeu deputado federal com 149.525 votos (82.641 só em Diadema).
Fator que pesa a favor da volta de Filippi é a rejeição de Lauro. Prestes a ir para o terceiro ano de mandato, o verde enfrenta dificuldades para superar crise na Saúde e vê a possibilidade de o setor virar seu calcanhar de Aquiles em 2016. Última sondagem feita pelo DGABC Pesquisas, a pedido do Diário, mostrou que 39,6% da população julga a gestão do verde como ruim ou péssima.
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