O som alto do trio elétrico tocava músicas do momento. O cover do MC Guimê agitava a festa, onde se reuniam contadores de histórias, músicos e clowns (palhaços), que circularam entres os alunos da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Santo André na manhã de ontem. A ação parte do Mutirão da Alegria, organizado pela ONG Sorrir é Viver, formada por estudantes da Faculdade de Medicina do ABC.

No quarto ano da ação, desta vez em comemoração ao Dia do Médico (18/10), os voluntários encantaram alunos e educadores. “Tudo foi pensado com cuidado e carinho, visando as limitações de cada um. O que foi proposto aconteceu: a alegria transbordou”, disse a professora da Apae Olga Laroza.

O evento tem como missão desenvolver os futuros médicos de forma pessoal e social, assim como os participantes. O objetivo da ONG é humanizar o atendimento e expor os alunos a novas formas de fazer a diferença no ambiente hospitalar. “Quando a gente entra no hospital, tudo se transforma. Aprendemos a entender o que tem dentro do outro. Temos olhar mais humanizado”, disse a contadora de histórias Cecília Alvo, 21 anos, do 2º ano de Medicina.

À tarde o mutirão esteve no CHM (Centro Hospitalar de Santo André), onde entregou kits com frases de esperança e fitinhas para fazer pedidos.

“No ano passado participei do mutirão como clown, neste estou na organização. É uma alegria enorme e uma certeza de que estamos fazendo a coisa certa”, disse Priscila Fernandes Alfieri, 21, também conhecida como Mademoiselle Alice Pipoca.