Rick Wakeman, ex-tecladista do Yes, arrepiou público com passeio por sua carreira solo
Qualquer pessoa deveria presenciar o que Rick Wakeman e sua banda fazem no palco. Mesmo que nem goste de música. O ex-tecladista do Yes e seus companheiros extrapolam a barreira do som e pareciam tocar a alma do público com apresentação impecável tanto na técnica quanto na emoção. É esse o resumo da noite que Wakeman proporcionou aos fãs anteontem no Teatro Bradesco, em São Paulo. O músico subiu ao palco junto de Tony Fernandez (bateria), Matt Pegg (contrabaixo), Dave Colquhoon (guitarra) e Ashley Holt (voz).
Ao contrário do que tinha anunciado, o tecladista só interpretou uma canção de seu ex-grupo: Starship Trooper, que encerrou a noite. O resto do setlist foi um passeio pela carreira solo.
Logo de cara, Wakeman empolgou com um medley das canções que fazem parte do lendário álbum Journey To The Centre Of The Earth (1974). A atmosfera lírica trazida pelos primeiros acordes arrancou gritos do público. Ainda foram lembrados os hits Arthur e The Visit, este último presente no disco Phantom Power e escrito para a trilha sonora do relançamento de O Fantasma da Ópera (1925) nos cinemas.
Desde o início, o virtuosismo daquele que é considerado um dos maiores tecladistas de todos os tempos arrancou sorrisos. Nove é o número de teclados que deu para contar no palco. Enquanto tocava dois ao mesmo tempo, o britânico chegou a conversar com o baterista.
No fim, o músico ainda pendurou um teclado no pescoço e saiu tocando apenas com uma mão. Tudo isso antes de chamar uma fã para o palco, que estendeu suas mãos para servirem de apoio para mais alguns minutos de solo de Wakeman. O guitarrista Dave Colquhoon também merece destaque. Mesmo com perna quebrada, solou como especialista em jazz e blues em diversas canções. Até batalha contra o teclado de Wakeman ele fez.
Antes de voltar para casa, o músico faz apresentações hoje no Rio de Janeiro e amanhã e sexta-feira, em Porto Alegre.
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