Os moradores do Jardim Gazuza, em Diadema, reivindicam reformas nos 48 escadões que compõem o núcleo habitacional. De acordo com a associação, as escadas foram construídas em 1996, pelo sistema de mutirão, com material cedido pela Prefeitura. Mais de 1.500 famílias moram no local.
Na maioria das travessas, o cenário é o mesmo: buracos, degraus quebrados, lodo e lixo. Não há corrimão nas escadas.
O operário Luiz Carlos Santos, 39 anos, contou que a esposa já se machucou na travessa São Mateus. "Ela está toda esburacada e falta acabamento. Um vez, uma idosa quebrou a perna aqui." Santos reforça que os moradores estão mobilizados a realizar um novo mutirão, caso a Prefeitura disponibilize o material de construção.
A costureira Maria Vera Bezerra Brito, 50, lembra que o cimento da escada está impregnado por lodo, o que causa mau cheiro. "Só com muito cloro para melhorar. Além do mais, os ratos fazem buracos nas escadas e depois entram em nossas casas." Ela diz que alguns moradores aproveitam restos de concreto de obras de suas residências, para remendar algumas vielas.
Na travessa São Jerônimo não é diferente. A auxiliar de limpeza Cícera Maria Paula Correia, 42, mora há 14 no Gazuza. Ela reclama que como não há encanamento, a água escorre e empoça em frente à sua casa.
O Secretário de Habitação, Josemundo Dario Queiroz, disse que a Prefeitura nunca deixou de atender a comunidade do Gazuza. "Acontece que a manutenção não é a prioridade da secretaria, e sim as áreas de risco. Além do mais, a secretaria não é um depósito de material de construção infinito." Segundo o secretário, a manutenção das vielas do Gazuza está prevista dentro de um cronograma que inclui toda a cidade.
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