Embora o ex-ditador, 85 anos, espere ser libertado em breve sob fiança, não poderá escapar de ser fichado na polícia, o que 'é obrigatório para todos os delinqüentes no Chile", conforme disse nesta terça-feira o advogado de acusação Eduardo Contreras.
Normalmente, os réus são levados, com correntes nos pés e nas mãos, em um furgão policial das prisões, até a central de polícia e ali são fotografados de frente e de perfil, com um número de identificação no peito. Antes, deve deixar suas impressões digitais no fichário policial.
Contudo, o mais provável no caso de Pinochet é que os funcionários encarregados de fichá-lo o procurem em sua casa em Los Boldos, a 140 quilômetros a sudoeste de Santiago.
Contreras disse que fichar Pinochet é inevitável e que é uma das exigências dos sete advogados de acusação, que fizeram com que o ex-ditador seja julgado por 57 homicídios e 18 seqüestros de opositores cometidos pelos membros da "caravana da morte", em 1973.
Depois que, quinta-feira, o tribunal de apelações reduziu a acusação de Pinochet de autor para encobridor dos crimes, o juiz que o processou, Juan Guzmán, concedeu-lhe ontem a liberdade provisória, sob fiança equivalente a US$ 3.540.
A liberdade de Pinochet deve ser ratificada pela Corte de Apelações, provavelmente nesta quarta-feira. Depois disso, se quiser, Pinochet poderá deixar sua residência de veraneio, onde cumpria a prisão domiciliar desde 31 de dezembro.
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